Pedrita da fronteira – Acusada pelos delatores da Operação Lava-Jato – Paulo Roberto Costa e Alberto Yousseff – de ter embolsado R$ 1 milhão do esquema criminoso que funcionava em algumas diretorias da Petrobras, juntamente com o marido, o ex-ministro Paulo Bernardo da Silva, a senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT-PR) resolveu inovar em meio ao furacão que promete devastar sua vida política. Deixando para trás o visual “loira fatal”, a ex-chefe da Casa Civil decidiu abandonar o penteado “escova com chapinha” e colocou apliques no cabelo. A petista agora exibe um visual descrito pelo jornal “O Globo” como “encaracolado selvagem”.
O novo “look” foi inaugurado na sessão do último domingo “1º”, quando tomaram posse os senadores eleitos e ocorreu a escolha de Renan Calheiros (PMDB) para presidir o Senado Federal.
O espanto dos jornalistas com o novo visual da senadora paranaense foi tamanho, que a jornalista Júnia Gama, de “O Globo”, registrou: “A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) surpreendeu com o look mostrado neste domingo. Deixou para trás a inseparável escova com chapinha, que exibiu em todas as aparições públicas até o momento, para tomar posse com os cabelos encaracolados selvagens, dando margem a comentários de assessores de que ela estaria, inclusive, lançando mão de aplique capilar para conferir maior volume ao coque.”
O visual inusitado, que arrancou comentários de todos os tipos no plenário do Senado, poderia ser reflexo das tensões e apuros que a senadora vem enfrentando na esteira do Petrolão, o maior escândalo de corrupção da história da humanidade, que por questões óbvias tem a chancela estelar do PT.
Como se não bastasse ter sido apontada como beneficiária do esquema pelos dois principais delatores do esquema, Gleisi agora vive com o fantasma que ronda o marido, convocado pelo dono da empreiteira UTC, Ricardo Pessoa, como testemunha de defesa. Além de Paulo Bernardo, foram convocados, também na condição de testemunhas de defesa, o ex-governador da Bahia e agora e ministro da Defesa, Jaques Wagner, e o deputado Arlindo Chinaglia (PT).
A manobra de Pessoa, chefe do cartel do Petrolão, foi vista como uma ameaça ao Palácio do Planalto, no melhor estilo recado mafioso. Os empreiteiros presos na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba tomaram uma decisão unânime e, diante da possibilidade crescente de um acordo de delação premiada, não pretendem seguir o roteiro de Marcos Valério, operador do Mensalão do PT, que ficou calado durante a maior parte do tempo e acabou na cadeia, onde deve permanecer por longos anos. Enquanto isso, os mensaleiros petistas estão soltos e afrontando a Justiça.