Quase igual – O euro voltou a cair em relação ao dólar na sexta-feira (6), enquanto se espera o início, na próxima segunda-feira, do programa de compra de dívida do Banco Central Europeu (BCE) e se acentuam os problemas de liquidez da Grécia.
A moeda comum europeia alcançou a cotação de US$ 1,085, quando na quinta-feira ainda estava acima de US$ 1,10, e se aproxima cada vez mais de uma relação de paridade. A cotação desta sexta-feira é a menor desde setembro de 2003, mantendo uma tendência de queda verificada desde maio passado, quando o euro chegou a valer US$ 1,40.
A situação reflete o desempenho das duas economias. Enquanto a recuperação da crise financeira tem sido lenta na União Europeia, nos Estados Unidos acontece o contrário. Além disso, o BCE se mantém firme numa política de juros baixos e programa de estímulo, enquanto o Federal Reserve (banco central norte-americano) decidiu encerrar seu programa de estímulo e se prepara para elevar os juros.
A semana foi marcada pelas declarações do presidente do BCE, Mario Draghi, que anunciou na quinta-feira o início do programa de compra de dívida pública e privada para a próxima segunda. As atenções também se têm mantido na Grécia e nas reformas que o país apresentar na próxima segunda-feira (9) ao Eurogrupo.
Nos Estados Unidos foram divulgados novos dados que indicam uma melhora do mercado de trabalho: a taxa de desemprego caiu em fevereiro para 5,5%, o nível mais baixo desde 2008. Esse bom desempenho pode levar o Fed a elevar os juros nos próximos meses, o que atrai os investidores para a moeda americana.
Desde que foi lançado, em 1999, numa cotação de 1 euro para US$ 1,18, a moeda europeia passou a maior parte do tempo valendo mais que a americana. A menor cotação foi alcançada em 2000, quando o euro valia US$ 0,82. A maior foi durante a crise financeira de 2008, superior a US$ 1,60. (Com agências internacionais)