Esperando manifestação ainda maior, grupos antigoverno marcam novo ato para 12 de abril

protesto_sp_41 (uh)Capítulo dois – Sem perder tempo, um dia após as manifestações que aconteceram em todo Brasil, no último domingo (15), contra o governo da presidente Dilma Rousseff, líderes dos grupos articuladores dos atos se reuniram e marcaram a data para novos protestos: 12 de abril. O evento, inclusive, já foi divulgado nas redes sociais do Movimento Brasil Livre e, de imediato, começou a receber confirmações de presença.

De acordo com Marcello Reis, porta-voz do “Revoltados Online”, um dos grupos organizadores, “nós esperávamos uma adesão muito grande neste domingo, mas eu, particularmente, não esperava tantas pessoas assim. Era muita gente, especialmente em São Paulo. Nós contratamos um técnico da CET [Companhia de Engenharia de Tráfego] para ficar em cima de um prédio na Avenida Paulista e fazer o cálculo de quantas pessoas havia por lá. Ele chegou em 1,5 milhões por volta das 15h50”, finalizando que a tendência agora é aumentar. Reis ressaltou que a data inicial para os novos protestos ainda pode ser alterada.

O número de participantes na manifestação de São Paulo foi polêmico. Enquanto a Polícia Militar do Estado, contou 1 milhão de pessoas, o Datafolha, 210 mil. A PM informou que incluiu não só a Avenida Paulista como as adjacências. Já o Datafolha admitiu que só contabilizou a avenida principal da manifestação, sem contar as adjacências. O fato é que os principais meios de comunicação do Brasil e exterior usaram os dados da Polícia Militar como oficial.

Algumas pessoas acreditam que o intervalo entre as manifestações está muito longo. No entanto, para o porta-voz do grupo, esse tempo é necessário. “Durante esse período de um mês, devem acontecer novos escândalos no governo. Isso faz aumentar a revolta dos brasileiros. Faz mais gente aparecer. Sem contar que, quando você faz um evento dessa magnitude, as coisas ficam mais detalhadas e consomem muito seu tempo. Temos que fazer vistoria nos oito caminhões e nos organizarmos para cuidar da segurança dos participantes, por exemplo”, finalizou.

A divergência sobre o número de pessoas que participaram do protesto na Avenida Paulista pode ser facilmente solucionada. O primeiro quesito para dirimir a dúvida é considerar que, no último domingo, oito pessoas ocupavam cada metro quadrado da importante via da cidade de São Paulo, o que permite chegar ao contingente divulgado pela Polícia Militar. O segundo quesito é comparativo. Se a Parada do Orgulho Gay reúne aproximadamente 2 milhões de pessoas na mesma Avenida Paulista, não há deixar de reconhecer que no protesto paulistano havia 1 milhão de pessoas ou mais. Quem contemplou a avenida do alto percebeu que os manifestantes ocuparam a toda a extensão da via.

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