Desemprego avança para 7,4% no trimestre encerrado em fevereiro e escancara a gravidade da crise

desemprego_03Tiro no pé – Não bastasse a crise político-institucional que chacoalha o governo, a presidente Dilma Rousseff enfrenta uma crise econômica que cresce e se alastra por vários setores. Confirmando o que já se sabia, a taxa de desemprego no Brasil saltou para 7,4% no trimestre encerrado em fevereiro, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se da maior taxa desde o trimestre encerrado em junho de 2013, quando também fechou em 7,4%. Em janeiro, o indicador havia ficado em 6,8%.

Segundo o IBGE, a renda média real do trabalhador foi de R$ 1.817, 1,1% maior do que no mesmo período de 2014. No contraponto, dois terços da população brasileira recebem menos de dois salários mínimos mensais, o que explica o avanço da recessão em todo o País.

Com o salário mínimo valendo míseros R$ 788 e a inflação oficial, medida pelo IPCA, muito acima do teto (6,5%) o programa de metas estabelecido pelo governo, o poder de compra do trabalhador vem caindo de forma contínua, impondo aos brasileiros o terror do binômio que conjuga o fim da o dinheiro e a continuidade do mês.

Quando o então presidente Lula, agora um bem sucedido lobista de empreiteira, empurrou a população na vala do consumismo, o governo do PT não se preocupou com a s consequências de uma economia cada vez mais míope e baseada no crédito fácil. Vale destacar que a presidente Dilma Rousseff, que ao longo do seu primeiro governo, assessorada pelo “companheiro” Guido Mantega, adotou 24 medidas de estímulo à economia, mas nenhuma emplacou.

Com esse cenário macabro, falar em recuperação da economia e retomada do crescimento no curto prazo é um ato de mitomania desmedida, pois sabe-se que para consertar o estrago provocado pelo PT nos últimos doze anos será necessário esforço hercúleo da sociedade por décadas.

É por causa de quadro de crise crescente – e sem solução imediata – que o UCHO.INFO insiste na tese de que a pressão de uma população descontente e vilipendiada em seus direitos básicos é mais eficiente do que eventual pedido de impeachment de Dilma Rousseff. Afinal, quando o problema chega no bolso do cidadão, não há conversa fiada que convença.

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