Sol quadrado – Eduardo Gaievski, ex-assessor da senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT), foi condenado a 16 anos e 11 meses de prisão em regime fechado por abuso sexual de uma adolescente de 12 anos. De acordo com o advogado Natalício Farias, assistente da acusação, trata-se da sexta condenação de um total de 14 processos contra o petista Gaievski, que ganhou notoriedade (sic) por sua essência hedionda. A sentença, do juiz Luiz Fernando Montini, é da última sexta-feira (14). Até agora, a somatória das penas impostas a Eduardo Gaievski é de 101 anos e 5 meses de prisão.
Dos 14 processos aos quais o protegido de Gleisi responde, 13 deles são por estupro de adolescentes e um por corrupção de testemunhas. Em cinco processos o pedófilo foi considerado inocente, mas ainda faltam ser julgados outros três processos.
Gaievski foi assessor especial de Gleisi Hoffmann na Casa Civil do governo Dilma Rousseff, entre 2012 e 2013. Por determinação da então ministra, comandava as políticas do governo federal para crianças e adolescentes. Ou seja, uma espécie de raposa tomando conta do galinheiro. Depois de sua prisão, quando se conheceu a extensão de seus crimes, ficou conhecido como o “Monstro da Casa Civil”.
Eduardo Gaievski está preso desde 2013 e cumpre a pena na Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac), em Barracão, cidade no Sudoeste paranaense. De acordo com as denúncias do Ministério Público (MP), ele aliciava as adolescentes oferecendo empregos na prefeitura de Realeza na época em que era prefeito do município.
De acordo com o advogado Natalício Farias, recentemente o MP entrou na Justiça com pedido de indisponibilidade de bens de Gaievski, pois há a suspeita de que ele teria usado da influência do cargo e de bens públicos para cometer os crimes.
As ligações entre Eduardo Gaievski e o casal Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo da Silva são antigas. Paulo Bernardo e Gleisi recrutaram Gaievski em 2003 para as fileiras PT. Eleito prefeito de Realeza, pequena cidade no interior do Paraná, o pedófilo mostrou sua gratidão ao mentor político, a quem concedeu título de cidadania honorária ao então ministro do Planejamento de Lula.
Em 2012, Gleisi, que foi nomeada para chefiar a Casa Civil depois da queda do “companheiro”Antônio Palocci Filho, convocou Gaievski para ocupar uma assessoria especial. Com o peculiar discernimento que revelou em toda sua vida pública, a senadora petista indicou o ex-prefeito, que já possuía uma extensa ficha criminal por crimes sexuais contra menores, para comandar as políticas federais para crianças e adolescentes.
Quando Gaievski teve a prisão decretada em 2013, Gleisi alegou que desconhecia seu prontuário policial e que conhecia muito pouco o pedófilo. Essas alegações não impediram que o casal Gleisi-Bernardo, que controla o PT do Paraná, continue protegendo o maníaco sexual. Apesar de já acumular 101 anos de prisão por crime hediondo, o pedófilo continua regularmente filiado ao Partido dos Trabalhadores.