Barrados no baile – Responsável pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), a delegada Margarette Barreto pediu à Federação Paulista de Futebol (FPF), na tarde desta segunda-feira (26), a proibição da entrada da Mancha Alviverde, torcida organizada do Palmeiras, e da Gaviões da Fiel, do Corinthians, nos estádios de São Paulo até o encerramento da investigação que apura a briga entre torcedores que no domingo deixou um morto a tiros, um baleado e outros cinco feridos, na Zona Norte da capital paulista. O número exato de envolvidos no confronto diverge a cada momento, mas centenas integrantes das duas torcidas organizadas protagonizaram um espetáculo de violência e selvageria que obrigou a Polícia Militar a participar como espectadora.
A briga, possivelmente marcada através de redes sociais, ocorreu horas antes do clássico entre Corinthians e Palmeiras. Estudante de Engenharia e irmão do vice-presidente da Mancha Alviverde, André Alves Lezo levou um tiro na cabeça e morreu horas mais tarde. A FPF não confirmou o recebimento do pedido feito pela delegada, que disse ter recebido a promessa do presidente da entidade de que o pleito seria aceito.
Em passado não tão distante, algumas torcidas organizadas foram extintas por conta de implacável atuação do Ministério Público paulista, mas alguns políticos, sempre preocupados com as urnas, acabaram intercedendo para que as agremiações que reúnem vândalos e criminosos continuassem existindo.
