Dilma recebe líderes dos “sem terra”, mas continua ignorando os “sem água” do Nordeste

sao_francisco_07Morrendo de sede – No último dia 10 de fevereiro, segunda-feira, a presidente Dilma Rousseff participou de evento em comemoração à fundação do PT e, a bordo de discurso de candidata, disse aos companheiros de legenda que está pronta para seguir adiante, fazendo muito mais pelo País. A prova maior de que Dilma nada fez nos três primeiros anos do seu mandato foi a manifestação de 15 mil integrantes do MST, que protestaram na Praça dos Três Poderes contra a lentidão da reforma agrária.

Essa letargia do governo petista, reflexo da incompetência dos palacianos, obrigou Dilma a receber lideranças do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, que na sede do governo continuaram reclamando mesmo diante das promessas oficiais. É importante lembrar que apesar das reivindicações dos manifestantes, os “barões” do MST vivem confortavelmente, sempre financiados pelo suado dinheiro do contribuinte que rega os cofres do movimento por meio de repasse de recursos públicos a ONGs de origem duvidosa.

O grande erro de Dilma Rousseff não está em atender esses baderneiros que nem de longe querem pegar na enxada para arar a terra, mas, sim, na decisão de virar as costas para os nordestinos que acreditaram nas falácias oficiais sobre a transposição do Rio São Francisco e continuam sem água. Lula prometeu concluir a obra, mas ficou apenas nas inaugurações com direito a mordomias de todos os naipes. Muito do que foi construído para esparramar o Velho Chico, permitindo mais uma farra com o dinheiro público, está sendo corroído pela ação do tempo.

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O centro do Nordeste enfrenta a pior seca dos últimos 150 anos, mas Dilma prefere distribuir dinheiro público a países governados por ditadores, sem contar o absurdo e bilionário investimento no porto de Mariel, em Cuba, apenas para agradar o delinquente e caquético Fidel Castro, o facínora caribenho.

Se nada for feito em caráter emergencial – ou mais do que isso – para salvar os nordestinos castigados duramente pela seca, pelo menos 9 milhões de pessoas terão de abandonar suas casas para não morrer literalmente de sede. Enquanto abre espaço para as fanfarrices do governo petista de Dilma Rousseff, que dá continuidade à lambança de Lula, a grande imprensa sequer volta os olhos para o Nordeste do País, que está a derreter e a virar pó.

Dilma é não apenas assessorada por um grupo de incompetentes, mas uma insensível que usa discursos ufanistas para ludibriar a opinião pública, em especial sua parcela mais carente, que acredita nas mentiras que escorrem diariamente pela rampa do Palácio do Planalto. Dilma deveria ter vergonha em aparecer diante de câmeras em microfones para balbuciar inverdades, pois somente os que conhecem a dura realidade que açoita os nordestinos conseguem compreender a essência criminosa e populista de um governo paralisado e mitômano.

Para a sorte dos integrantes do desgoverno do PT os “sem água” não têm recursos para ir a Brasília e protestar diante do Palácio do Planalto, onde deveriam ser despejadas as carcaças dos animais que morreram de sede e, por que não, realizados os velórios de todos os que morreram à espera da água do Velho Chico. Como disse um conhecido e gazeteiro comunista de botequim, “nunca antes na história deste país”.

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