Efeito colateral – Por mais que os discursos em momento de dor recomendem a postergação de determinadas discussões, a morte inesperada e trágica do jovem Eduardo Campos, presidenciável do PSB, já causa impacto na vida do País. Um dos setores que já sentem o efeito da tragédia é o mercado financeiro, que trabalha com a possibilidade de Marina Silva, candidata a vice na chapa que era liderada por Campos, migrar, no segundo turno, para o lado da petista Dilma Rousseff, que busca a reeleição.
Com base nessa possibilidade político-eleitoral, que não deve ser descartada, operadores do mercado financeiro trabalham de forma redobrada nesta quarta-feira (13). Isso porque os investidores estão ainda mais temerosos com o repentino e eventual aumento da chance de Dilma vencer a eleição presidencial em outubro próximo.
A preocupação extra do mercado, decorrente do acidente aéreo ocorrido na cidade de Santos e que deixou sete mortos, surge um dia após o presidente da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Benjamin Steinbruch, ter declarado que somente um louco investe no Brasil.
A preocupação do mercado financeiro em relação à possível reeleição de Dilma ganhou seu ponto alto com a demissão de uma analista econômica do Banco Santander, que divulgou aos clientes especiais da instituição financeira um panorama desfavorável caso a petista vencesse a corrida presidencial. Foi o suficiente para que Lula entrasse em cena e, a reboque da costumeira e descabida ousadia, exigisse a demissão da analista.
O ucho.info conversou com destacados operadores do mercado financeiro que, de forma uníssona, afirmaram estar enfrentando dificuldades com a oscilação da BMF&Bovespa, uma vez que os clientes começam a sinalizar com o desejo de vender as respectivas posições no mercado de ações. Às 16h41 desta quarta-feira, o pregão da BMF&Bovespa registrava queda de 1,40%, com 55.654 pontos.