Situação de Lula e Dilma deve piorar com “Conexão Angola”, alerta a imprensa portuguesa

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Na quinta-feira (3), um dia antes da deflagração da Operação Aletheia, 24ª etapa da Operação Lava-Jato, que teve seu ponto alto com a condução coercitiva de Lula para depor, a situação do ex-metalúrgico e da presidente da República enfrentava grave processo de deterioração no cenário internacional.

Em Portugal, onde autoridades locais tentam decifrar as ligações de Lula com o ex-primeiro-ministro José Sócrates, investigado no país europeu, o noticiário português dava destaque ao fato de que ambos os petistas [Lula e Dilma] enfrentariam momentos de muita dificuldade caso avancem as investigações sobre a atuação da dupla em Angola, país da África comandado há quarenta anos pelo ditador José Eduardo dos Santos.

Durante a Operação Acarajé, 23ª fase da Lava-Jato, que mandou para a prisão o marqueteiro João Santana e sua esposa-sócia Mônica Moura, a Polícia Federal identificou pagamentos suspeitos realizados pela Odebrecht, em Angola. O casal alegou em depoimento que se tratava de honorários referentes à campanha de reeleição do presidente angolano, que governa o país com conhecida mão de ferro.


Mônica Moura, em depoimento, explicou aos investigadores que ela e o marido receberam do mandatário angolano US$ 50 milhões para coordenar, em 2012, a campanha à reeleição de José Eduardo dos Santos. Como destacou o UCHO.INFO em matéria anterior, se para garantir a permanência de um ditador no cargo os marqueteiros cobraram o equivalente a R$ 200 milhões, é inaceitável a afirmação de que, Dilma, que levou o Brasil à débâcle econômica e mentiu à vontade, gastou em 2014 apenas R$ 90 milhões em marketing para garantir sua reeleição.

A base do noticiário português coincide com a tese deste portal e com a linha de investigação da Operação Lava-Jato. A questão é que os marqueteiros petistas dizem ter recebido uma bolada do ditador angolano, mas o pagamento carregava parte das propinas pagas pelas empreiteiras da Lava-Jato por obras conseguidas por Lula no país africano.

Não se pode esquecer que em 2012, ano da eleição angolana, João Santana transferiu de Luanda (capital de Angola) para o Brasil a bagatela de US$ 16 milhões (R$ 33 milhões à época). Os investigadores suspeitam que os recursos serviram para o PT, por vias transversas e ilegais, quitar parte das dívidas com o marqueteiro, que para comandar a campanha de Fernando Haddad à prefeitura paulistana recebeu R$ 36 milhões, em valores atualizados.

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