Autoridades desaparecem após tragédia em Angra dos Reis

Caras-de-pau

sergio_cabral_02Políticos só se aproximam dos cidadãos por ocasião das eleições. Fora isso, os chamados representantes do povo se encastelam como se fossem seres especiais, acima do bem e do mal, independentemente das malandragens que patrocinam. No caso da tragédia que tomou conta de Angra dos Reis, autoridades preferiram submergir a se pronunciar oficialmente, como fez o governador José Serra, que foi a São Luís do Paraitinga, no interior paulista, para conferir os estragos provocados pelas fortes chuvas que há dias castigam o estado de São Paulo. De férias na Bahia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, eleito pela mídia internacional como um ser supremo, simplesmente emudeceu diante do ocorrido no litoral sul fluminense. Ele prefere se entregar aos bebericos na Base Naval de Aratu. Foi assim no caso do acidente do Boeing da Gol, em 2006, e também durante as enchentes que no final de 2008 levou várias cidades catarinenses ao naufrágio. Ministro do Meio Ambiente e ex-secretário estadual da pasta no Rio de Janeiro, o falastrão Carlos Minc, que deveria se pronunciar, simplesmente submergiu. Ministro da Integração Nacional, o baiano Geddel Vieira Lima desistiu de vistoriar o local da tragédia. Ministra-chefe da Casa Civil e candidata do PT à sucessão do presidente-metalúrgico, Dilma Rousseff, acostumada a palpitar quando o assunto lhe convém, saiu de cena. Governador do Rio de Janeiro, o incompetente Sérgio Cabral Filho fez uma meteórica aparição e deixou o prejuízo político para o vice Luiz Fernando Pezão. Resta torcer para que os eleitores recobrem a memória diante das urnas, em outubro próximo. (Ilustração: Cássio Scavone, o genial Manga)