Unir para não entregar – Em nome do consenso e do “bom senso”, segundo um parlamentar da bancada, o Partido dos Trabalhadores decidiu há pouco que o candidato do partido à presidência da Câmara dos Deputados será o gaúcho Marco Maia. Se os petistas insistissem com a divisão, poderiam entregar a presidência ao PMDB ou a outras forças partidárias, a exemplo do que aconteceu na eleição que conduziu o ex-deputado Severino Cavalcanti (PP) à presidência da Mesa Diretora. Severino renunciou ao cargo depois de denúncias de recebimento de propina.
A decisão do PT aconteceu depois de exaustivas reuniões. Para que o consenso fosse obtido, o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza, retirou seu nome da disputa, assim como também aconteceu com os demais concorrentes à liderança da bancada em 2011. Novamente por consenso foi indicado para o cargo de líder o deputado paulista Paulo Teixeira.
A decisão acaba atendendo às duas principais forças petistas no futuro governo de Dilma “Lulita” Rousseff, a do Rio Grande do Sul e a de São Paulo. O atual vice-presidente, Marco Maia, deverá assumir a Câmara com o respaldo do Palácio do Planalto, enquanto Teixeira chega à liderança com o respaldo da tendência Mensagem.
No meio da tarde desta terça-feira, o deputado federal Arlindo Chinaglia (SP) já tinta retirado seu nome da disputa para a presidência em favor do vice-presidente da Casa. Na semana passada desistiu de concorrer o deputado João Paulo Cunha (SP).