Bolsa Família mantém obediente curral eleitoral e produz uma legião de acomodados

Mudez palaciana – Não faz muito tempo, Luiz Inácio da Silva disse, ainda como presidente, que “imbecis” são aqueles que criticam o “Bolsa Família”, programa do governo federal que, para os jornalistas do ucho.info, alimenta um vasto curral eleitoral e cria um vasto séquito de acomodados. Se o viés eleitoreiro do programa foi novamente comprovado na eleição de Dilma Rousseff para a Presidência da República, o fator que contribui para a acomodação dos beneficiados agora tornou-se oficial, para desespero dos petistas palacianos, que diante das constatações optaram por um obsequioso silêncio.

De acordo com pesquisa encomendada pelo Ministério de Desenvolvimento Social e realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o beneficiário do Bolsa Família fica pouco tempo no emprego e demora mais tempo para encontrar nova vaga. “A inserção dos beneficiários do Bolsa Família no mercado formal, quando existe, é bastante precária. Menos de um ano depois da contratação, metade dos beneficiários é desligada, 30% perderão seus empregos em menos de seis meses. Fora do mercado de trabalho, menos de 25% são recontratados nos quatro anos seguintes”, alerta Alexandre Leichsenring, doutor em estatística e consultor do Ministério do Desenvolvimento Social.

Para complicar ainda mais a situação, parte dos beneficiários inscritos no Bolsa Família está empregada, mas sem registro em carteira, o que aos olhos da lei pode significar fraude, pois o objetivo do programa é erradicar a miséria e na sequência apontar uma porta de saída, neste caso o emprego, aos mais necessitados. A informalidade laboral a que se submetem alguns dos inscritos no programa do governo deriva da esperteza burra de continuar recebendo o benefício, sem ter condições mínimas para tal.

Com mais de 20% da população brasileira inscrita no Bolsa Família, o programa caminha na direção da utopia, a medida em que os beneficiários se transformam em indolentes financiados pelo suado dinheiro do contribuinte. O programa social foi largamente explorado nas duas últimas eleições presidenciais, em especial pelos candidatos situacionistas (Lula e Dilma), com direito inclusive a promessa de majoração do valor dos benefícios e a criação do décimo terceiro salário.

Os resultados da pesquisa do Ipea mostram não apenas a temeridade que significa o programa nos atuais moldes, mas deixa evidente que aos ocupantes do Palácio do Planalto interessa que o quadro do “Bolsa Família” permaneça como está, pois só assim é que o projeto totalitarista do PT poderá avançar na direção de uma ditadura civil, que a cada novo dia consolida mais um capítulo dessa fábula política criminosa a que a massa pensante assiste de maneira letárgica e preguiçosa.

Sob outra ótica de análise, a pesquisa em questão mostra que o ex-presidente errou ao ofender os críticos do programa, quiçá não seja ele [Lula] merecedor do adjetivo disparado contra os adversários. Até porque, contra fatos não há argumentos.