Interesses contrariados – As relações não estão nada boas entre o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), e parte dos deputados estaduais. O ruído surgiu com a publicação de atos polêmicos, mas necessários, segundo informou Coutinho. O descontentamento é tamanho, que está agendada para terça-feira (18) uma reunião extraordinária com todos os 36 parlamentares.
Entre os assuntos mais polêmicos que devem ser discutidos está a Medida Provisória que anula acordos extrajudiciais e a promoção de servidores realizada nos últimos meses de gestão de José Maranhão (PMDB). O ex-governador ganhou o mandato no tapetão depois da cassação do governador Cássio Cunha Lima (PSDB), eleito senador e que promoveu a campanha de Ricardo Coutinho, que derrotou Maranhão na tentativa de reeleição em outubro passado.
Ricardo Coutinho também cutucou os servidores ativos, inativos e pensionistas. Na sexta-feira (14,) foi anunciada a suspensão temporária da concessão dos empréstimos consignados. “Vamos rever todos os contratos e saber que contrapartidas e benefícios são prestados por bancos aos servidores e ao estado”, explicou Nonato Bandeira durante entrevista à “Rádio Arapuan”.
O governador decidiu atacar também um problema que ocorre em todos os estados brasileiros, que é o desvio de função de policiais militares para outros órgãos públicos. No caso da Paraíba, pelo menos dois mil homens da Polícia Militar estariam com desvio de função. Decreto assinado pelo governador chama para os quartéis todo esse contingente que poderá reforçar o policiamento de rua e enfrentar uma onda de violência nas principais cidades do estado.
Os 33 primeiros policiais retornam nesta semana. Cedidos ao Tribunal de Justiça da Paraíba, é a metade dos 65 agentes deslocados para o Judiciário. O retorno desse pessoal foi possível somente com um encontro entre o presidente do TJ, desembargador Luiz Silvio Ramalho Júnior, com o próprio governador.
