Sandro Mabel mantém candidatura e diz que a Câmara dos Deputados não pode continuar “agachada”

Convicção absoluta – Ameaçado de ser expulso do Partido da República, o deputado federal Sandro Mabel (GO) declarou há instantes que não desistirá de disputar a presidência da Câmara, cuja eleição está marcada para as 18 horas desta terça-feira (1), no plenário da Casa.

Mesmo depois de longa conversa com o ministro Alfredo Nascimento (PR-AM), dos Transportes, na segunda-feira (31), Mabel disse que sua candidatura não representa uma frente de oposição ao governo da neopetista Dilma Vana Rousseff, mas um movimento pela valorização da Câmara dos Deputados, que na opinião do parlamentar goiano continuará “agachada” com a eventual eleição de Marco Maia, que conta com o rolo compressor palaciano para ser reconduzido à presidência da Casa, uma vez que assumiu o cargo com a renúncia de Michel Temer, atual vice-presidente da República.

A preocupação dos assessores de Dilma Rousseff com a candidatura avulsa de Sandro Mabel é grande, especialmente porque a voracidade do Partido dos Trabalhadores por cargos no primeiro e segundo escalões da máquina federal pode levar os deputados peemedebistas a mudarem de lado, apoiando o parlamentar do PR de Goiás.

A candidatura de Sandro Mabel tem poucas chances de prosperar, mas é um aviso importante aos brasileiros, que assistem de maneira letargia ao avanço contínuo do país rumo a uma ditadura civil, nos moldes da que existe na vizinha Venezuela. Por conta da distribuição de cargos e da promessa de entrega de outros tantos, o Palácio do Planalto conta com maioria absolutamente folgada na Câmara dos Deputados, não permitindo aos partidos de oposição a derrubada de qualquer matéria legislativa ou a criação de Comissões Parlamentares de Inquérito.

Resumindo, Mabel dificilmente prosperará em sua investida quase solitária, mas é certo que a primeira tarde de fevereiro será a mais longa do ano para Dilma Rousseff e seus atentos assessores.