Amigo do vice – As tendências que compõem o mosaico do Partido dos Trabalhadores, no Maranhão, se reúnem no sábado (5). O tema é o mandado de prisão da Justiça Federal contra João Batista Magalhães, assessor e amigo do vice-governador do estado, Washington Luiz Oliveira (PT).
Ele é o secretário geral do diretório estadual e estaria envolvido em graves crimes de desvio de recursos públicos, desnudados com a “Operação Astiages” da Polícia Federal, deflagrada na manhã de quinta-feira (3) em Barra do Corda, município do interior do Maranhão.
Os desvios com a participação do prefeito Manoel Mariano de Souza, o “Nenzim”, envolveriam cifras de R$ 50 milhões. Nezim está desaparecido, assim como Magalhães, que sempre atuou em Brasília como lobista e auxiliar de Washington. Informamos na edição de quinta-feira (3) que o vice-governador precisou ser atendido às pressas em um hospital após ser informado da operação policial.
O deputado federal Domingos Dutra (PT-MA) disse por telefone ao ucho.info que a proposta de expulsão do partido, com reflexos ao vice-governador, poderá ser uma questão de ordem. Washington Luiz domina boa parte do diretório após um embate no ano passado, inclusive com a interveniência da direção nacional (leia-se Zé Dirceu e Eduardo Dutra) para que fosse feita uma aliança entre o PT e o PMDB da família Sarney.
Fernando Magalhães teria participação em outros crimes, sempre com dinheiro público, além do caso da prefeitura de Barra do Corda. Ele poderia ter participado de uma licitação fraudulenta na Secretaria da Educação do Maranhão no valor de R$ 17 milhões. A governadora Roseana Sarney demitiu o secretário Anselmo Raposo (PT), depois de ter sido confirmado que R$ 8,7 milhões do valor da licitação já tinham sido liberados para uma empresa com apenas R$ 11 mil de capital social.
No Partido Verde, a discussão da expulsão do prefeito Nenzim estará sendo discutida à tarde. A iniciativa teria partido do novo líder da bancada do PV na Câmara Federal, deputado Sarney Filho, aliado do prefeito. O jornalista Luís Cardoso informa que o filho do prefeito, deputado estadual Rigo Teles, que também é filiado ao PV, permanecerá na sigla. Não existe nenhuma acusação contra ele.
