Filhos de Lula ainda não devolveram os passaportes diplomáticos, mas Dilma finge que não sabe

Virou baderna – Guindada ao Palácio do Planalto na condição de fiel sucessora de Luiz Inácio da Silva, a neopetista Dilma Rousseff tem procurado demonstrar, desde as primeiras semanas de governo, um ar de austeridade que inexiste nos bastidores do poder. Mesmo assim, alguns sectários veículos de comunicação insistem em passar à opinião pública essa retidão fictícia que domina a Esplanada dos Ministérios.

Tão logo chegou ao Palácio do Planalto, Dilma enfrentou o primeiro desafio como presidente, para não dizer que esteve à frente de uma grande oportunidade de banir o desmando que marcou os oito anos da era Lula. A presidente, que decretou o fim da farra dos passaportes diplomáticos, ainda não resolveu o escândalo sobre os destacados documentos concedidos aos filhos e netos do ex-presidente.

Por sua vez, Lula, que no período em que esteve no comando do País sempre abusou da verborragia insana, desta vez optou por um obsequioso e profundo silêncio, que proporciona aos brasileiros a sensação de impotência diante das sempre crescentes mazelas do Estado.

Quando o imbróglio veio à tona, os filhos do ex-presidente, abusados e arrogantes como sempre, chegaram a disparar duras críticas a setores da imprensa, mas até agora não devolveram os tais passaportes, deixando de cumprir promessa feita dias depois.

Desde então, o máximo que se fez foi anunciar a mudança nas regras para a concessão dos passaportes emitidos pelo Itamaraty, mas os que foram concedidos aos familiares do messiânico guia tupiniquim continuam fazendo a farra do clã. Ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota defende a concessão dos passaportes de forma transparente, o que não aconteceu no caso da família Lula da Silva, uma vez que os documentos foram emitidos no apagar das luzes do governo mais corrupto da história política nacional.

Essa sensação de impunidade, atrelada à permissividade com a corrupção e ao autoritarismo, faz com que o Brasil se transforme em um cenário onde impera a teoria do vale-tudo. Prova maior dessa explosiva combinação é o aumento de transgressões cometidas pelos cidadãos, que embalados no exemplo de se acham no direito de fazer do próprio cotidiano uma ditadura particular.

Se a sociedade não se movimentar a partir de pequenas questões, como é o caso dos passaportes diplomáticos concedidos ilegalmente aos Lula da Silva, o Brasil terá dado mais um passo rumo à ditadura civil.