Corte no “Minha Casa, Minha Vida” leva governo federal a mudar regras de financiamento de imóveis

Debaixo do tapete – Durante a campanha presidencial, Dilma Rousseff, que foi apresentada ao eleitorado como a garantia de continuidade das conquistas (sic) da era Lula, usou o programa “Minha Casa, Minha Vida” como uma de suas principais bandeiras. Na verdade, o programa foi lançado com o fim específico de turbinar a candidatura da sucessora do messiânico Luiz Inácio da Silva.

Longe da promessa de 1 milhão de casas entregues, o “Minha Casa, Minha Vida” sofre o primeiro desgaste, para o desespero dos petistas, que temem pelo surgimento de um descontentamento popular em relação ao governo da companheira Dilma. O anunciado corte no orçamento federal também afetou o programa, que ainda em 2011 deixará de receber R$ 5 bilhões. O que mostra que a herança deixada pelo ex-presidente Luiz Inácio ultrapassou os limites da maldição.

Para compensar o impacto negativo no “Minha Casa, Minha Vida” o governo da presidente Dilma decidiu flexibilizar as regras do financiamento de imóveis através de bancos federais. A partir de agora, as instituições financeiras poderão financiar a compra de imóveis construídos em ruas sem infraestrutura básica, como asfalto, água e esgoto. Até essa decisão, nenhuma casa poderia ser financiada se o logradouro não apresentasse condições mínimas de infraestrutura.

Com as novas regras o governo federal salva centenas de pequenos construtores, que investiram suas economias na construção de casas para o programa e corriam o risco de insolvência. No contraponto, o Palácio do Planalto deixa claro que era mentiroso o discurso de Dilma, que durante a corrida presidencial disse que o governo Lula investiu verdadeiras fortunas, através do PAC, em obras de saneamento básico. Fosse assim, as regras para financiamento de imóveis seriam mantidas.