No país da piada pronta, Lula, do “Mensalão do PT”, pode ser o interlocutor da reforma política

Galhofa vermelha – Para retornar à cena política nacional, o abusado Luiz Inácio da Silva se candidatou ao papel de interlocutor com a base governista e a oposição, projeto que visa buscar um consenso sobre a reforma política e acelerar sua discussão e aprovação na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.

Presidente interino do Partido dos Trabalhadores, o deputado estadual Rui Falcão (SP), disse na segunda-feira que nesse processo Lula funcionará como um “catalisador”. “A dinâmica de ouvir os partidos políticos vai ser dele. É claro que num primeiro momento, suponho, vai falar com os partidos da base aliada. Mas não vai excluir ninguém dos diálogos. Aliás, ele sempre dialogou com todos”, declarou Falcão após encontro de lideranças petistas com Lula no Instituto da Cidadania, na capital paulista. “O presidente Lula pode ser o catalisador desse amplo movimento, que não será apenas do PT. Ele quer ouvir as opiniões, ver os pontos de consenso, para a partir daí vermos as propostas no Congresso Nacional dentro de um cronograma colocado. (…) Para que a gente possa, em conjunto, votar isso no Congresso Nacional até setembro”, completou o presidente interino do PT.

Independentemente de ter certeza de que é uma versão tropical e mal acabada de Messias, Lula da Silva pode se candidatar ao que desejar, desde que para tanto não afronte a massa pensante brasileira e nem mesmo abuse da incoerência. É no mínimo estranha essa incursão de Lula, pois pesa em seu currículo político escândalos dos mais variados, a começar pelo “Mensalão do PT”, escândalo de corrupção comandado a partir do Palácio do Planalto e que trocava polpudas mesadas pelo voto obediente de dúzias de parlamentares.

Como se fosse pouco, Lula acobertou como pôde os aloprados do Dossiê Cuiabá, conjunto de documento apócrifos reunidos por petistas para prejudicar os tucanos Geraldo Alckmin e José Serra, que em 2006 concorreram à Presidência da República e ao governo paulista, respectivamente.

De igual maneira, foi sob o manto de Lula que ocorreu a violação do sigilo bancário de Francenildo Costa, o Nildo, que caiu na malha palaciana por ter denunciado as estripulias do então ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho, agora chefe da Casa Civil. Também contou com o silêncio do abusado Lula o escândalo de violação do sigilo fiscal de adversários políticos, em especial de integrantes do PSDB e da filha de José Serra, a empresária Verônica Allende Serra, e de seu marido, Alexandre Bourgeois.

Qualquer nação tem seu cipoal de situações inexplicáveis, mas aceitar Luiz Inácio da Silva como “catalisador”de um consenso sobre a reforma política é querer que o Brasil dê mais um passo atrás e rumo ao totalitarismo esquerdista.