Palacianos não combinam a mentira e explicações sobre inflação e preço da gasolina são desencontradas

Perna curta – Magnânimos, impolutos, verdadeiros oráculos do Senhor, os petistas palacianos erram com largueza ao não combinarem as mentiras que balbuciam pelo Brasil afora. Dias antes de embarcar para China, onde sua passagem ganhou as manchetes pro conta do turismo oficial, a presidente Dilma Rousseff disse que a inflação seria debelada e que o preço da gasolina não sofreria qualquer aumento.

Dias depois desse discurso infundado, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli de Azevedo, disse que o preço da gasolina poderia subir a qualquer momento, caso a cotação do petróleo no mercado internacional continuasse nas alturas. Não demorou muito e Dilma escalou o companheiro Guido Mantega, ministro da Fazenda, para desmentir o chefão da estatal petrolífera. E isso só aconteceu porque Dilma quis evitar um confronto com Gabrielli.

Inicialmente, a culpa pela disparada da gasolina foi creditada à subida do preço do etanol, resultado da entressafra da cana-de-açúcar. Agora, com a safra da cana voltando à normalidade, o Palácio do Planalto arrumou uma nova desculpa. O preço do petróleo no mercado global. De tal modo, o mesmo Guido Mantega, que atuou como um fantoche da presidente Dilma Rousseff, retorna à cena para informar que a gasolina pode subir, sim, caso a cotação do petróleo continue em alta. Porém, o ministro disse que a eventual majoração poderá ser compensada pela redução da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), que traduzido para o bom e velho idioma significa imposto sobre os combustíveis.

Para reforçar a mitomania que impera nas coxias palacianas, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, que em entrevista à jornalista Miriam Leitão confirmou a autonomia da instituição, disse que a inflação só retornará ao centro da meta (4,5% ao ano) em 2012. Até lá, a inflação, segundo Tombini, pode ultrapassar o teto da meta, 6,5%, o que deve acontecer em breve.

Diferentemente do que ocorreu quando o messiânico Luiz Inácio da Silva desembarcou no Palácio do Planalto, o Partido dos Trabalhadores tratou de espalhar a teoria da herança maldita. Se Lula conseguiu flanar em altos índices de aprovação, isso só foi possível graças à lucidez do então presidente Itamar Franco, que abraçou o projeto econômico que ficou conhecido como Plano Real, projeto que deslanchou sob a batuta de Fernando Henrique Cardoso.

Com a inflação em alta, o endividamento das famílias brasileiras em níveis recordes e a inadimplência correndo solta, os petistas continuam acreditando ser a legenda a derradeira solução para o planeta. Enfim, só resta acreditar naquela conhecida profecia popular, de que cada povo tem o governante que merece.