Arrecadação tributária bate novo recorde e brasileiro pagará R$ 1,3 tri em impostos até dezembro

Enrolação oficial – Há muito prometida por políticos de todas as instâncias e correntes ideológicas, a reforma tributária é mera figura de retórica no país em que a carga de impostos representa um terço do Produto Interno Bruto.

Logo após assumir o poder central em janeiro de 2003, Luiz Inácio da Silva, que desde então fala em herança maldita, abordou o assunto de maneira tangencial, sem que a reforma tributária tivesse descido a rampa do Palácio do Planalto para se tornar uma realidade positiva na vida dos contribuintes. Com a máquina federal cada vez mais partidarizada, Lula cometeria um suicídio político se patrocinasse a tão aguardada reforma política, pois a sedenta “companheirada” não se contentaria em permanecer no magro status dos tempos de oposição.

Diante da teimosa inflação, principal peça do amaldiçoado relicário de Lula da Silva, a presidente Dilma Rousseff anunciou cortes nos gastos públicos na tentativa de afugentar o mais temido dos fantasmas econômicos, mas a arrecadação de impostos continua batendo recordes seguidos, o que pode contribuir para a manutenção da gastança oficial.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), até o dia 4 de maio passado cada brasileiro pagou, em média, R$ 2,5 mil em impostos. A marca de R$ 500 bilhões em impostos, que no ano passado foi alcançada no dia 25 de maio, em 2011 foi registrada três semanas antes. Até o final deste ano, cada um dos quase 200 milhões de brasileiros terá despejado R$ 7,5 em impostos nos cofres do Estado como um todo (União, estados e municípios).

Quando os projetos de reforma tributária ressuscitam no Congresso Nacional, os ocupantes dos Executivos (federal, estaduais e municipais) são céleres ao exercer descontrolada pressão para que deputados e senadores posterguem ao máximo a discussão da matéria, cuja aprovação beneficiaria o povo, mas imporia ao erário um processo de definhamento. Algo que os donos do poder não aceitam nem mesmo em sonho.