Esporte como terapia para índios largarem o álcool e as drogas em reservas do Mato Grosso do Sul

Sedentarismo – O Programa Esporte e Lazer da Cidade (Pelc) quer preservar a tradição ancestral Xavante e combater a alta incidência de álcool e drogas entre a juventude indígena que habita a terra indígena Parabubure, no município de Campinápolis (MT). Depois dos Wai-Wai, no Amazonas, e dos Terena, em Mato Grosso do Sul, o programa atenderá 4.500 índios – os Âwawẽ e os Po’reza’õno –, integrantes dos dois clãs fundamentais que dividem a sociedade Xavante.

Depois do primeiro contato com o povo Xavante, em 1949, houve um incentivo à sedentarização, fato que caracteriza a Aldeia São Pedro. Os indígenas do local sofrem problemas como a desnutrição.

A Idéia é valorizar os indígenas e o desporto Xavante, dentro dos seus princípios éticos, para alcançar uma melhor qualidade de vida. Importantes práticas culturais, como a luta corporal (wái), o arco e flecha e a corrida de tora serão realizadas entre os dois clãs.

O núcleo central do programa pioneiro será implantado na aldeia São Pedro, que fica a 70 quilômetros de distância de Campinápolis, município com 15 mil habitantes. O povoado indígena é um ambiente semi-urbano, em que crianças, jovens e idosos convivem num espaço restrito para desenvolver plenamente suas atividades. Uma escola do ensino médio atende a jovens Xavantes das aldeias circunvizinhas. Contudo, não há luz elétrica, telefone e outras comodidades da vida moderna. As informações são do Ministério do Esporte.