Eventuais vetos de Dilma ao Código Florestal podem afetar o trem-bala, que continua no papel

Bastidores nebulosos – A derrota do Palácio do Planalto na votação do projeto que cria novo Código Florestal Brasileiro ainda não foi assimilada pela presidente Dilma Rousseff e principalmente pelo núcleo duro do governo federal, que se movimenta intensamente nos bastidores para evitar o pior no Senado Federal, onde o texto do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) será discutido e votado em breve.

Dilma, por sua vez, já anunciou que vetará alguns itens aprovados pelo plenário da Câmara dos Deputados, em especial o que define que a decisão sobre áreas de desmatamento caberá aos governos federal e estaduais. Como se sabe, qualquer ação do governo tem como objetivo primeiro a política como forma de garantir dividendos aos seus operadores, mas os eventuais vetos da presidente podem desencadear uma irreversível intifada.

Um dos projetos que podem sofrer com essa queda de braço entre o Palácio do Planalto e os parlamentares é o trem-bala, que ligará as cidades de São Paulo, Campinas e Rio de Janeiro, mas que não ficará pronto para a Copa de 2014.

Há em vigor, no atual momento, diversas leis ambientais em todo o País, nos âmbitos municipal e estadual, o que deve gerar um enorme conflito judicial e prejudicar o cronograma da obra, que mesmo sem começar a produz discórdias de toda ordem. Acontece que o trem-bala ligará as capitais dos dois principais estados brasileiros, situação que provocará disputas sem precedentes por conta das eleições de 2014.

E quem alimenta a esperança de usar o trem-bala para ir ao Rio de Janeiro e assistir às provas dos Jogos Olímpicos de 2016 que busque uma forma alternativa de transporte, pois a briga promete ser enorme.