Sarney deve ganhar queda de braço com Dilma no caso da indicação de Flávio Dino para a Embratur

Questões regionais – A presidente Dilma Rousseff terá de exercitar seu lado político à exaustão, ou como se diz na gíria política, engolir sapos, depois que resolveu mudar a presidência da Embratur para agradar o PCdoB. A pedra no sapato se chama José Sarney (PMDB-AP), que não quer ver no cargo, nem mesmo pintado, o ex-deputado Flávio Dino, cuja nomeação deveria ter sido publicada no Diário Oficial da União na quarta-feira (15) ou nesta quinta.

A família Sarney tem desavenças com Dino por conta de problemas políticos paroquiais e não tem nenhum interesse no crescimento do principal adversário do grupo. Apanhada por questões regionais, Dilma foi obrigada a recuar em relação à indicação na tarde de quarta-feira, em nome de uma articulação nacional. É bem provável que as objeções acabem sendo atendidas pelo Palácio do Planalto. Flávio Dino foi candidato ao governo do Maranhão, em 2010,e por pouco não venceu a disputa contra a filha do presidente do Senado, a governadora Roseana Sarney (PMDB).

Assim, deverá permanecer na presidência da Embratur Mário Augusto Moysés, que está no governo desde a administração de Lula da Silva. Mário era secretário-executivo no Ministério do Turismo e na troca de governo ele assumiu a Embratur no lugar de Janine Pires, que foi para o comitê da Copa do Mundo de 2014.

Mário Moysés também trabalhou como secretário-executivo do Ministério do Turismo, quando a senadora Marta Suplicy estava à frente da pasta, tendo permanecido no cargo durante a gestão de Luís Barreto.