Camisa de força – Quando a cidade de São Paulo foi escolhida previamente para sediar jogos da Copa do Mundo de 2014, o então governador Alberto Goldman (PSDB), que substituiu no cargo o tucano José Serra, deixou claro que o governo paulista não colocaria dinheiro público em obra privada. Uma decisão sensata, pois o mais rico estado brasileiro tem um cipoal de mazelas a ser solucionado.
Mesmo com a decisão tomada pelo então inquilino do Palácio dos Bandeirantes, o suado dinheiro do contribuinte paulistano acabará na obra do estádio do Corinthians, que será erguido no bairro de Itaquera, no extremo da Zona Leste paulistana. Operação que tem a concordância e o apoio do prefeito Gilberto Kassab.
Nesta terça-feira (21), o presidente do Sport Club Corinthians Paulista, Andrés Sanchez, esteve na Câmara Municipal da cidade, onde defendeu o projeto que concede isenções fiscais no valor de R$ 420 milhões.
De acordo com o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e do Trabalho, Marcos Cintra, a prefeitura de São Paulo emitirá emitidos certificados de isenção, que só poderão ser comercializados após a conclusão da obra. A emissão dos tais certificados só acontecerá no caso de a FIFA confirmar o jogo de abertura da Copa de 2014 para a cidade de São Paulo.
Trata-se de mais uma afronta ao contribuinte de uma das maiores cidades do planeta, pois o dinheiro dessa renúncia fiscal por parte da prefeitura, que servirá para turbinar a campanha do prefeito Gilberto Kassab ao governo paulista, poderia ser investido em educação, saúde e transporte, por exemplo.
