Fim do caminho – Em meados de 2006, quando se preparava para deflagrar a campanha pela reeleição, o então presidente Luiz Inácio da Silva disse, sem medo de errar, que a saúde pública no Brasil estava a um passo da perfeição. O mundo sabia que se tratava de uma monumental mentira, mas Lula não se importou com mais um de seus lampejos de mitomania, pois a ordem era, àquela época, ludibriar ainda mais a opinião pública verde-loura. Com a reeleição garantida, o messiânico presidente não teve outra saída que não admitir que faltou com a verdade, para não afirmar que mentiu de forma descarada e irresponsável.
Como é de conhecimento de todos os brasileiros, a saúde pública caminha diuturnamente na direção do caos, mas nada é feito pelo governo federal para reverter a situação que tem levado muitas pessoas à morte nas filas dos hospitais. Para mostrar ao povo que saúde pública não é assunto de interesse do Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff se comoveu com a situação do tiranete venezuelano Hugo Chávez, a ele oferecendo um tratamento contra câncer aqui no Brasil. Lisonjeada, a chancelaria da Venezuela agradeceu o convite da neopetista Dilma, mas não disse se aceitará.
Enquanto Dilma Rousseff faz graça com um estreante de ditador, pacientes de câncer enfrentam verdadeiro calvário na luta contra a morte. Morador de Cabo Frio, no Rio de Janeiro, um leitor do ucho.info, que sofre de câncer no intestino e no fígado, viaja regularmente a São Paulo para se tratar na Santa Casa da capital paulista. Isso mostra que a tentativa do governador Sérgio Cabral Filho (PMDB), do Rio de Janeiro, de nomear o ministro da Saúde no governo de Dilma Rousseff não passou de um misto de devaneio político e brincadeira de um irresponsável mimado.