Líderes do Partido da República agora fazem discurso de conciliação com adversários momentâneos

(*) Priscilla Mazenotti, da Agência Brasil –

O líder do PR na Câmara, Lincoln Portela (MG), negou hoje (13) que PT e PR estejam em crise por causa da possível sucessão de Luiz Antônio Pagot no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) depois das denúncias de um suposto esquema de corrupção e superfaturamento de obras no órgão. “PT e PR estão completamente afinados. Não tenho hoje nada em discordância e não vejo essa substituição [de Pagot]”, disse.

Portela se reuniu hoje com o novo Ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, indicado pelo partido depois da saída de Alfredo Nascimento por causa das denúncias. Em seguida, ele e o deputado Luciano Castro (PR-RR) estiveram com a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti.

“Em momento algum falamos de cargos. O PR está ausente, não se posiciona sobre cargos e autarquias relacionadas com o Ministério dos Transportes. Deixo a presidenta Dilma à vontade nesse contexto. Se parlamentares do partido quiserem fazer indicações, será por conta própria. O PR não faz oficialmente indicações.”, comentou.

O líder disse que a atual relação do partido com o governo é de “desconforto”, mas faz parte do crescimento político. “Uma coisa tem de ficar clara: estamos num Estado Democrático de Direito. A presunção de inocência é constitucional”, afirmou.