Pelourinho, em Salvador, vira território de drogados, traficantes e desocupados que exploram turistas

Denúncia – Moradores do Pelourinho, no Centro Histórico de Salvador, entregaram um relatório ao procurador-geral de Justiça em exercício, José Gomes Brito, nesta quarta-feira (13), no qual apontam a situação de abandono pela qual passa o local.

No documento, protocolado no Ministério Público durante audiência na sede da promotoria, no bairro de Nazaré, a comunidade relata situações como tráfico e uso de drogas, prostituição, crianças em situação de risco, assédio a turistas e moradores por pedintes e flanelinhas, entre outros, informou há pouco o “Bahia Notícias”.

Segundo os moradores, tudo isso além de causar prejuízo aos lojistas e aos profissionais de turismo que atuam na área, gera insegurança na população. Gomes Brito comprometeu-se em estudar a situação e ver no que compete ao MP atuar.

Já o jornal “A Região”, de Itabuna, informou nesta tarde que a Acopelô denunciou o que ela descreve como “a exploração e degradação do Pelourinho”, começando pela abordagem e assédio agressivos por parte de guias de turismo e vendedores. A entidade diz que o problema pode ser visto diariamente no Mercado Modelo, Elevador Lacerda, Viaduto da Sé, Terreiro de Jesus, Largo do Pelourinho e Casa do Benim. O achaque é feito por “desocupados, dependentes químicos, ex presidiários, flanelinhas”.

Também existem vendedores de colares que se apresentam como “membro do Projeto Axé”, ou “do Olodum”, que não tem esse serviço. “Nem os guias do Centro Histórico estão conseguindo trabalhar”.

Segundo a entidade, o turista é obrigado a dar dinheiro por tudo, desde informação e condução a um ponto, até tirar fotos ao lado de baianas de acarajé, que combram R$ 5 ou R$ 10 para cada uma.

“Os taxistas agem livremente como guias no Pelourinho, prejudicando o atendimento de Salvador e tirando o trabalho de guias profissionais. Ainda costumam recomendar que turistas não utilizem serviço de guia no local”.

A Acopelô denuncia ainda uma nova modalidade de assalto, a “rede”, no Largo do Pelourinho, nos horários menos movimentados. “2, 4 ou 6 elementos seguem o turista até um ponto estreito, onde atacam de uma vez, levam tudo, e não raro agridem as pessoas”.