Após ter maltratado os empresários brasileiros, Lula foi alvo de homenagem da Fiesp, em São Paulo

Fora da lógica – Luiz Inácio da Silva continua vivendo momentos de pop star. Na noite de segunda-feira (18), a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, a poderosa Fiesp, homenageou o ex-presidente da República com um jantar para convidados escolhidos a dedo. Acompanhado da mulher, Marisa Letícia, e cercado de pesos-pesados do empresariado brasileiro, políticos e ex-ministros, Lula, antes de se entregar aos prazeres da mesa, visitou rapidamente uma exposição do fotógrafo Ricardo Stuckert, que durante oito anos registrou os seus momentos na Presidência da República.

A Fiesp cumpre a suas funções ao manter boas relações com a classe política nacional, mas a homenagem que teve lugar na Avenida Paulista, em São Paulo, foi no mínimo estranha, pois a classe empresarial sofreu seguidamente durante a era Lula da Silva. Sem contar os efeitos maléficos da herança maldita deixada pelo ex-metalúrgico à sucessora, a neopetista Dilma Vana Rousseff. É verdade que oito entre dez seres humanos são adeptos da tietagem, mas os presentes ao evento por certo não se lembraram das reclamações feitas nos últimos anos.

Foi durante os dois governos do homenageado Lula que a corrupção cresceu assustadoramente no País. E é importante lembrar que a corrupção não apenas atrasa o desenvolvimento nacional, mas consome verdadeiras fortunas dos cofres públicos. Foi no período em que Lula ocupou o Palácio do Planalto que a inflação ganhou corpo para ressurgir triunfante, tornando-se um desafio constante para a equipe econômica atual do governo. e isso tem obrigado o Banco Central a aumentar sistematicamente as taxas de juros.

Também coube a Lula manter o Real supervalorizado, o que fez com que a indústria verde-loura perdesse competitividade no mercado internacional. Além disso, a carga tributária e a volúpia arrecadatória do Estado são simplesmente assustadoras, sem que contrapartida esteja próxima do mínimo esperado pelos contribuintes.

No contraponto, alguns ufanistas preferem o discurso em defesa da homenagem a Luiz Inácio da Silva, pois acreditam que o petista ajudou enormemente o setor industrial com a chegada de 39 milhões de pessoas à classe média, fato que foi efusivamente comemorado pelos palacianos. Um governante só pode ser considerado bom para determinados segmentos da sociedade quando suas eventuais conquistas se perpetuam ou têm prazo longo de duração.

O crescimento da classe média brasileira se deu no rastro do crédito fácil e irresponsável, o que fez a alegria dos banqueiros, que ganharam de forma absurda e vil com as decisões avoengas tomadas por Lula. Acontece que o endividamento das famílias brasileiras atingiu níveis recordes, enquanto a inadimplência continua crescendo. A postura benevolente diante das instituições financeiras explica a presença de alguns altos executivos de bancos no jantar em homenagem ao messiânico Lula.

Setores amestrados e genuflexos da imprensa brasileira entendem que o capitalismo funciona dessa forma, com a concessão de crédito e o endividamento recorde do cidadão. Pode até ser que esses gênios das penas estejam certos, mas os jornalistas do ucho.info, que não embarcaram nessa “modernidade” de raciocínio, continuam acreditando que o poder de compra de um cidadão não pode estar calcado apenas no crédito, mas basicamente na geração palpável de riqueza. O que nem mesmo em sonho aconteceu sob o manto do fanfarrão Luiz Inácio.

Mesmo com esse cenário desanimador, que a qualquer momento pode implodir, os empresários paulistas acharam por bem homenagear alguém que se esforçou para entrar para a História pela porta dos fundos. Como disse certa feita um conhecido e galhofeiro filósofo, “nunca antes na história deste país”.