Dilma tenta sufocar ainda no nascedouro a insatisfação dos comandantes das Forças Armadas

Sentido! – Antes de viajar para a Bahia, nesta sexta-feira (5), logo pela manhã a presidente Dilma Rousseff chamou os comandantes da Força Aérea, Exército e Marinha para manterem a posição de sentido, com diplomacia. O recado foi para que permanecessem como estátuas. Mas, na noite de quinta-feira (4), patentes de alto escalão das Forças Armadas, cujas identidades serão preservadas a pedido, expressaram o descontentamento com a escolha do ex-chanceler Celso Amorim para comandar o Ministério da Defesa em substituição a Nelson Jobim. A habilidade diplomática de Amorim será testada efetivamente no trabalho árduo que terá para destorcer os narizes contrariados das altas patentes.

Com a finalidade de preparar o terreno para o novo ministro, Dilma fez questão de garantir que não haverá qualquer alteração no comando das Forças Armadas. A presidente pediu para que os comandantes “mantenham a normalidade institucional”. Participaram da quase meteórica reunião o general Enzo Peri (Exército), o brigadeiro Juniti Saito (Aeronáutica) e o almirante Moura Neto (Marinha).

Os comandantes enfatizaram que estão a serviço do Estado e de pessoas. E o dever é constitucional. Assim, Dilma Rousseff se esforça para conter as insatisfações da caserna verde-loura, mas aposta que Amorim poderá reverter a situação e quebrar a resistência imediata no comando das Forças Armadas.

Aliás, uma pergunta que não quer cala: Se no passado houve um diplomata, José Viegas, que não deu certo na pasta da Defesa, por que então persistir no erro?