Líder do PT no Senado prefere falar de crise global e evita apoiar movimento pela moralidade

(*) Genésio Araújo Júnior, da Política Real –

O plenário do Senado aguardava desde cedo como seria a sequência de discursos dos senadores que iriam se posicionar em favor da “faxina ética” que a presidente Dilma Rousseff (PT) estaria fazendo no governo federal face as mudanças no Ministério dos Transportes e as recentes prisões de pessoas da cúpula do Ministério do Turismo.

Alguns poucos nordestinos saíram em defesa da presidente, como o senador José Pimentel (PT-CE) e o senador Wilson Santiago (PMDB-PB), porém o que chamou atenção foi a fala do senador Humberto Costa (PE), líder do PT no Senado.

Ele preferiu em meio as falas de apoio a presidente, que tiveram como destaque o senador Pedro Simon (PMDB-RS), tratar sobre a forma como o Brasil estaria lidando com a crise global. O senador Simon, pediu aparte – disse que Costa fazia um discurso no momento errado e que deseja uma fala mais focada no momento de apoio a Presidenta.

Mais adiante ele elogiou a fala de Costa, mas voltou a cobrar: “Não é bem assim, é que eu acho que o importante é a questão da impunidade, e a Presidente Dilma está avançando num caminho.”, disse.

Costa respondeu: “Senador Pedro Simon, louvo a iniciativa de V. Exª e a de outros Senadores no sentido de manifestar apoio às ações que a Presidenta Dilma vem realizando, no que diz respeito à maneira como ela procura encarar a transparência, a lisura, a ética…”, falou para depois ser interrompido por Simon.

Os petistas não querem que os movimentos de Dilma sejam vistos como uma nova forma de Governo, mas como uma continuidade. Petistas consultados pela Política Real temem que este momento seja uma crítica ao período do Presidente Lula, visto que os casos que levaram as crises no Transportes e no Turismo decorrem do período do governo anterior.