Zagallo é assaltado no Rio, cidade que de acordo com o messiânico Lula seria a mais segura do País

Vergonha nacional – Em outubro de 2007, quando a FIFA anunciou que o Brasil fora escolhido para sediar a Copa do Mundo de 2014, os jornalistas do ucho.info foram unanimes ao afirmar que o País não tinha, como ainda não tem, condições para abrigar eventos de tamanha magnitude e importância. À época, o então presidente Luiz Inácio da Silva, que acusou os críticos de torcerem contra o Brasil, disse que o País faria a melhor Copa da história. Um discurso fanfarrão como outros tantos, que serviu apenas para camuflar a triste realidade dos fatos.

Não faz muito tempo, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), desdenhou da capacidade de São Paulo servir como sede-provisória da FIFA durante a competição. A disputa, que se dava entre a capital paulista e o Rio, foi marcada por uma declaração galhofeira de Eduardo Paes: “Chinelada na paulistada. É humilhante… Mostro a vista e mostro um negócio desses. Vai levar o que pra São Paulo?”. De fato a maior cidade brasileira, São Paulo, ainda não mostrou ter condições para receber jogos da competição. Afinal, a irreversível complexidade da maior metrópole do País deixa evidente tais dificuldades.

Se a Pauliceia Desvairada está a anos-luz de ter condições para abrigar partidas da Copa do Mundo, o Rio de Janeiro está em pé de igualdade. Há dias, o sequestro de um ônibus no centro da capital fluminense mostrou a insegurança pública que domina o principal cartão-postal brasileiro. Dias mais tarde, o assassinato da juíza Patrícia Acioli, em Niterói, na região metropolitana do Rio, reforçou o caos.

Como se não bastasse, o tetracampeão Mário Jorge Lobo Zagallo, o “Velho Lobo”, o único verdadeiro tetracampeão de futebol, foi assaltado na Zona Sul carioca. Ex-técnico da seleção brasileira, Zagallo, que estava na companhia da mulher e do filho, foi assaltado em uma rua do bairro de Botafogo. De acordo com as autoridades policiais, os criminosos intentavam roubar o veículo, mas desistiram ao reconhecer o treinador, que ficou sem a carteira e uma corrente de ouro.

Em meados de 2007, poucos meses antes do anúncio da FIFA, o então presidente Lula disse que o Rio de Janeiro, encerrados os Jogos Pan-Americanos, teria o melhor e mais eficiente sistema de segurança pública do País. Quatro anos se passaram e a situação piorou sobremaneira. Muito estranhamente, o prefeito Eduardo Paes submerge quando fatos do cotidiano aniquilam sua fanfarrice discursiva, sempre endossada pelo governador Sérgio Cabral Filho (PMDB), cuja trajetória dispensa maiores apresentações.