Carlos Augusto, especial para o ucho.info –
Quarta linha sucessória da presidente Dilma Vana Rousseff, a deputada federal Rose de Freitas ( PMDB-ES) apressou sua saída da presidência da seção deliberativa do plenário da Câmara dos Deputados para espinafrar o ministro do Turismo, Pedro Novais, indicado para o cargo pelo líder do PMDB na Casa, Henrique Eduardo Alves (RN). “Ele (Pedro) deveria ter pedido demissão. Foi bombardeado. Ficou sem defesa. Ficou sem a escada e a brocha na mão”.
De fato o ministro do Turismo “apanhou” muito durante audiência pública no auditório Nereu Ramos, da Câmara dos Deputados, na tarde desta quarta-feira (17). Novais chegou a ficar ruborizado quando o primeiro a entrar no debate, o deputado Fernando Deslito Francischini (PSDB-PR), se apresentou muito mais como delegado da Polícia Federal do que como parlamentar: “Vim para representar uma população que sabia que eu sou delegado da PF e vou honrá-la”, e prosseguiu: “Vou falar como policial de operações…”. Pedro Novais baixou a cabeça, procurou escrever algo e ficou vermelho de vergonha.
Com larga experiência na vida pública, Rose de Freitas anunciou a reunião urgente, na noite desta quarta-feira, de todos os peemedebistas que estão em Brasília: “Nós não queremos mais cargos, queremos postura, precisamos resgatar a dignidade do partido, duramente atingida por esses escândalos no governo Dilma. Estamos nos transformando em uma folha de papel encostada na parede. A grande maioria (são 87 parlamentares) está descontente com o governo e não é mais por cargos ou emendas, é pelo tratamento”, declarou a parlamentar capixaba.
