Líder do PSDB diz que obstrução obrigou o Planalto a chamar a oposição para o entendimento

Discutindo a relação – O líder do PSDB na Câmara, deputado Duarte Nogueira (SP), afirmou que após dar uma endurecida no jogo, “quase com uma declaração de guerra à oposição”, o governo baixou a guarda, com a obstrução na Casa, e chamou a oposição nesta quinta-feira (25) para conversar. Participaram da reunião a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, e o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), além de lideranças da oposição. Nogueira explica que depois do processo de obstrução não houve alternativa, que não sentar-se à mesa para buscar entendimento. As reivindicações da oposição foram elencadas com prioridade para a Emenda 29.

“O presidente Marco Maia fez um apelo. Nós entedemos a forma como o presidente colocou e procurou defender as ações do Legislativo, considerando que iria trabalhar para incorporar já a partir de terça-feira a nossa pauta. O PSDB apresentou 18 projetos entre eles, o Supersimples, Emenda 29, projeto do Cade, Código Brasileiro da Aeronáutica, PEC 300, uma série de matérias, que nós queremos que não fique só prisioneira da pauta do Congresso, pauta das medidas provisórias”, explicou Nogueira.

Segundo o líder do PSDB, a ministra não comentou sobre a Emenda 29 nem a favor nem contra. “A ministra ouviu, sobre a questão da Emenda 29, mas não fez considerações. O governo tem os seus limites e o Congresso tem as suas atribuições e responsabilidades. Nós sentimos do presidente Marco Maia que ele compreendeu a vontade do parlamento e das lideranças não só da oposição, mas do governo, tem vontade de votar a Emenda 29. Esse é um assunto que eu entendo que vai acontecer no mês de setembro. Aí, melhora a relação”, comentou.

Inicialmente a proposta de votação da Emenda 29 havia sido pré-agendada para o final de outubro, dia 19. “Nós não concordamos com essa proposta. Buscamos um entendimento intermediário, que é a votação da Emenda 29 um mês antes”, frisou.

Os parlamentares acabaram esquecendo que hoje é quinta-feira, por isso, como é praxe não haver quórum no plenário da Câmara, os quatro itens só deverão entrar na pauta de votações da próxima semana.