Abit protesta contra novo imposto da saúde e lembra promessa de Dilma Rousseff para o setor têxtil

Reajuste na lei – Na manhã desta segunda-feira (19), a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) divulgou nota oficial em que formaliza apoio à votação da Emenda 29, que regulamenta os recursos para a assistência médico-hospitalar, mas advertiu que é contra a criação de um novo imposto. A manifestação da entidade vem por conta do lançamento do “Plano Brasil Maior”, quando a presidente Dilma Rousseff falou em competitividade para o setor têxtil.

Na opinião dos dirigentes da Abit, um novo imposto para financiar a saúde pública tiraria a competitividade do setor manufatureiro, “para fazer frente ao processo de desindustrialização”. Para a entidade, a criação da CSS é contrária ao princípio proposto no “Plano Brasil Maior” e “representa um retrocesso para a economia brasileira”.

Em meio à discussão do financiamento da saúde e um novo imposto, ganha um novo ingrediente com o Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa) de 2012. A proposta elevou em 11,3% o orçamento da função, cerca de R$ 79,5 bilhões estão previstos para o ano que vem. Levantamento realizado pelo “Contas Abertas”, informa que com o acréscimo das emendas parlamentares, no orçamento de 2011, a verba destinada para a saúde chegou à cifra de R$ 71,4 bilhões.

Sem as emendas parlamentares, comparado o valor reservado para a função saúde no Ploa de 2011 com o de 2012, há aumento de 16,2%. O montante deve crescer com a apresentação de emendas parlamentares. Em números relativos, o crescimento da verba destinado à saúde fica abaixo de Trabalho e Educação, que cresceram 17,4%. Em terceiro lugar vem a Assistência Social, com aumento 13 %, seguida pela Previdência, que teve o orçamento elevado em 11,5%.