Discussão sobre o Estado palestino deve minimizar o discurso de Dilma na Assembleia Geral da ONU

Operação abafa – A exemplo do que ocorreu com Luiz Inácio da Silva, quando Barack Obama disse que o então presidente brasileiro era “o cara”, a claque palaciana deve gastar a semana política exaltando o fato de Dilma Rousseff ser a primeira mulher a discursar na abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas. A participação de um presidente brasileiro na abertura dos trabalhos da Assembleia da ONU acontece desde os tempos de Oswaldo Aranha, mas sempre serviu para aquele que fala faturar politicamente.

É o caso da presidente Dilma Vana Rousseff, que está em Nova York, mas que no Brasil continua enfrentando as reticências dos escândalos ministeriais e vive o dilema sobre a criação de um novo imposto para a saúde pública. Dilma é considerada uma das mais poderosas mulheres do planeta, mas é preciso destacar que na 66ª Assembleia da ONU há outras estelas, que não a presidente brasileira. Trata-se da dupla Mahmoud Zeidan Abbas, chefe da Autoridade Nacional Palestina, e Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel.

A proposta para que a ONU reconheça o estado palestino e o inclua na organização deve ser o tema das discussões do encontro que acontece em Nova York. Em outras palavras, o discurso de Dilma Rousseff na ONU, que tem sua dose de importância, servirá apenas para que a crise que ronda o Palácio do Planalto saia do noticiário, pelo menos por enquanto.