Dilma vai a Curitiba falar de metrô, mas pode ajudar a definir quadro político para as eleições de 2012

Fruet no PDT – A presença da presidente da República, Dilma Roussef (PT), na cidade de Curitiba, na próxima quinta-feira (13), poderá indicar os rumos das eleições municipais na capital paranaense em 2012. Dilma chega para confirmar as obras do metrô, avaliadas em R$ 2,5 bilhões, e que se inserem no programa de mobilidade urbana da Copa do Mundo de 2014.

O anúncio do investimento será simbólico e pode refletir no jogo político que já se desenha em Curitiba em torno de três grupos políticos. O primeiro é capitaneado pelo governador Beto Richa (PSDB) e pelo prefeito Luciano Ducci (PSB). Ambos representam uma continuidade de 32 anos que domina a administração municipal.

O segundo é comandado pela ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (PT), que poderá concorrer à prefeitura curitibana para se capitalizar para a campanha do governo estadual daqui a três anos. E o terceiro grupo é liderado pelo ex-deputado federal Gustavo Fruet, que na última quinta-feira (6) abandonou o ninho tucano para aterrissar no PDT do ex-senador Osmar Dias, atualmente ocupando uma das diretorias do Banco do Brasil.

A capitalização do anúncio poderá acontecer por um dos três grupos, ou mesmo determinar a coligação do PDT com o PT em torno de Gustavo Fruet, que estaria atualmente liderando as preferências do eleitorado. Segundo as pesquisas, prefeito Luciano, que herdou o capital político de Beto Richa, aparece em segundo. Na terceira posição, mas não muito distante dos dois primeiros, surge o deputado federal Ratinho Júnior (PSC), que nas eleições passadas obteve mais de 200 mil votos em Curitiba. Há outros dois pré-candidatos: Rasca Rodrigues (PV) e Nei Leprovat (PSD).

Gleisi corre por fora, pois a representatividade do seu partido na capital do Paraná é muito pequena. Dependendo do que acontecer de agora em diante, o PT poderá se aliar ao PDT junto com o PMDB, cuja situação ainda é indefinida.

Em entrevista à o imprensa local na semana passada, a ministra da Casa Civil comentou sobre as obras do metrô. “Esse investimento foi debatido intensamente pelo governo federal com a prefeitura de Curitiba desde o início, com muita dedicação do Ministério do Planejamento e das Cidades”.

Do valor total de R$ 2,25 bilhões, R$ 1 bilhão (45%) será repassado pela União a fundo perdido e os outros R$ 750 milhões serão viabilizados através de empréstimo de longo prazo para a prefeitura, com cinco anos de carência, mais juros de 5,5% e taxa de administração. O governo do estado também investirá R$ 300 milhões a fundo perdido, enquanto o investimento da prefeitura de Curitiba será R$ 950 milhões.