Falhas da Record e exclusividade prejudicam divulgação dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara

Mesmice – Em meio à polêmica sobre o uso indevido de imagem dos Jogos Pan-Americanos da “Rede Record” pela “Rede Globo”, a emissora do bispo Edir Macedo peca na cobertura com falhas grosseiras na transmissão. Comerciais interrompem jogos, imagens estranhas aparecem na televisão e o “reality show” na concentração dos atletas é um fracasso de estratégia. Há também problemas de áudio.

Todos esses problemas fazem a cobertura da Record bastante deficiente e pouco produtiva. Apesar do esforço de alguns narradores, o trabalho não tem grande repercussão junto ao público brasileiro. O índice de audiência, que seria uma arma da emissora contra a principal concorrente, vem se mostrando abaixo do esperado pelos próprios diretores da Record.

No jogo da seleção feminina de voleibol contra as cubanas, na noite de segunda-feira (17), por exemplo, os comerciais interferiram na transmissão. Sequências das jogadas não puderam ser vistas pelo telespectador, que foi obrigado a encarar até comerciais de partidos políticos.

Na falta de coisa melhor, os próprios atletas têm buscado alternativas para divulgação de seu trabalho em Guadalajara. Uma delas são as redes sociais, como o Twitter e o Facebook. Com menos da metade do Ibope que sua concorrente, a emissora paulista se vê pressionada por todos os lados, em especial, pelos atletas e seus patrocinadores.

As mídias sociais são uma nova estratégia contra a falta de uma cobertura melhor dos sites noticiosos. O pouco espaço que se tem dado, aliás, para os Jogos Pan-Americanos, surpreende. Talvez isso não estivesse acontecendo se a cobertura fosse uma exclusividade da TV Globo ou se o sinal fosse democraticamente partilhado pelas demais redes de televisão. Outra forma eficaz de transmissão seria disponibilizar na internet, em tempo real, as provas da competição continental.