Ex-governador de SC e cabo eleitoral de Serra, deputado Esperidião Amin sonha em ser ministro de Dilma

Parafuso solto – Enquanto o comunista Orlando Silva Jr., ainda ministro do Esporte, sangra politicamente, a política brasileira segue o seu rumo, sendo que em alguns casos o mais recente escândalo do governo de Dilma Rousseff serve como palco para algumas acomodações. É o caso do Partido Progressista, recentemente tomado por uma intifada, operação capitaneada pelos senadores Ciro Nogueira (PI) e Benedito de Lira (AL). Na companhia dos deputados Eduardo da Fonte (PE), Paulo Maluf (SP) e Esperidião Amin (SC), a dupla de senadores conseguiu apear o também deputado Nelson Meurer (PR) da liderança da legenda na Câmara. E Meurer acabou substituído pelo paraibano Aguinaldo Nogueira.

O objetivo da intifada, como já informou o ucho.info, era enfraquecer o ministro das Cidades, o baiano Mário Negromonte, que recentemente foi alvo de acusações de seus correligionários, sem que até agora qualquer prova do que foi falado tenha sido apresentada. Há nessa intrincada manobra o objetivo de apear Negromonte do cargo, pois o senador piauiense Ciro Nogueira está de olho na vaga. Tudo porque, além da vaidade política, Nogueira tem com primeiro suplente ninguém menos que o rico empresário João Claudino, que certamente despejou bom dinheiro na campanha do parlamentar.

Quem também sonha com o cargo, mas com chances muito remotas, é o ex-governador de Santa Catarina, Esperidião Amin, que conta com o apoio dos companheiros de rebelião. Com o cacife político encolhido em seu reduto eleitoral, Amin trava uma queda de braços, em Santa Catarina, com o deputado federal João Pizzolatti, que vem conquistando espaço no PP catarinense.

O que Esperidião Amin não leva em consideração nesse seu sonho político é que a presidente Dilma Rousseff tem boa memória. Durante a corrida presidencial de 2010, Amin foi cabo eleitoral do candidato tucano José Serra. Por mais que Dilma fale reiteradamente em democracia, pelo menos em tese, não será o apoiador de um adversário que a presidente colocará no comando de um destacado ministério, em especial se considerarmos a importância da pasta no âmbito da Copa do Mundo de 2014. Resumindo, o sonho de Esperidião Amin começou como um pesadelo inesquecível.