Dilma ignora a “maldição do cocar” e usa adereço indígena durante inauguração de ponte em Manaus

(Foto: Presidência da República)
Cocares sinistros – A presidente Dilma Rousseff e seu antecessor, o companheiro Luiz Inácio da Silva, inauguraram nesta segunda-feira (24) a ponte Rio Negro, que custou cerca de R$ 1 bilhão e liga a capital do Amazonas, Manaus, ao município de Iranduba. Dilma e Lula colocaram cocares indígenas nas respectivas cabeças, talvez ignorando a “maldição do cocar”.

De acordo com reportagem publicada em 2004 na versão eletrônica da revista IstoÉ Dinheiro, perdura no meio político a superstição de que será contemplado com uma onda de azar o homem branco que usar o adereço indígena. Os que acreditam nesse persistente e temido folclore garantem com fatos que a maldição de fato existe. Tancredo Neves e Ulysses Guimarães deixaram-se fotografar com cocares pouco antes de morrerem. Em 1994, Lula da Silva ganhou de presente um belo e colorido cocar. Naquele ano, perdeu a eleição presidencial para o tucano Fernando Henrique Cardoso. Em 1995, Ruth Cardoso ganhou, durante encontro de mulheres indígenas, um cocar branco, o qual não demorou muito para aterrissar na cabeça da então primeira-dama. Dias depois, dona Ruth escorregou e quebrou o braço.

Em 2004, Lula recebeu no gabinete presidencial representantes de 25 organizações indígenas. Na ocasião, o petista ganhou um cocar azul e não hesitou em usar o presente diante dos convidados. Em maio de 2005, surge a primeira notícia que culminou com o maior escândalo de corrupção da história política do País e que ficou nacionalmente conhecido como “Mensalão do PT”.