Esquerda se divide sobre a exploração pública e política do câncer que atormenta Lula da Silva

Duas opiniões – Há uma enorme dicotomia na órbita do tratamento médico a que Luiz Inácio da Silva se submete. Desde que foi anunciado que o ex-presidente sofre de um câncer de laringe, uma horda de cibernéticos alucinados, regiamente pagos por dinheiro de origem supostamente duvidosa, dedica-se diuturnamente a atacar a imprensa, como se o perfil histriônico de Lula fosse uma obra de ficção.

Como se sabe, a doença de Lula, que segundo os médicos é curável, será devidamente explorada em termos políticos, até porque a história mostra que esse é o caminho da incongruência. Há dias, um desses integrantes da tropa de choque petista reclamou, por meio de mensagem que circulou na rede mundial de computadores, que jornalistas têm tirado a liberdade de Lula e invadido sua privacidade ao se postarem diante do prédio onde mora o ex-metalúrgico.

Nesta sexta-feira (11), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse, durante entrevista ao jornalista Anchieta Filho, da Rádio Jovem Pan, que o ex-presidente faz bem ao tornar público o seu tratamento, pois assim colabora para combater o preconceito contra o câncer. Padilha disse, também, que o momento vivido por Luiz Inácio da Silva mostra que é preciso mais atenção com a saúde pública e privada para que diagnósticos de câncer sejam cada vez mais precoces.

Que Lula quer colher dividendos com esse difícil momento da vida todos sabem, mas é preciso saber quem tem o discurso mais desconexo nessa epopeia petista. A raia miúda do PT, que não enxerga o óbvio, ou o titular do Ministério da Saúde, que vê coisas além.