Ministro do Trabalho evita falar da crise na pasta e promete revelar contas de convênio com ONG

Suspense na Esplanada – Mesmo com uma repórter empurrando o queixo do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, nesta sexta-feira (18), a postura foi evitar comentários sobre a crise. Lupi se reservou ao direito de dizer que até terça-feira (22) mostrará a prestação de contas do convênio com a ONG Pró-Cerrado. Ele afirmou que uma equipe do ministério trabalha para reunir documentos. “São vários itens que precisam ser examinados e nós vamos responder até segunda ou terça-feira”, esquivou-se.

A senadora Kátia Abreu (PSD-TO) disse categoricamente, durante o depoimento de Lupi na quinta-feira (17), que uma nota fiscal referente ao aluguel do avião King Air estaria embutida na prestação de contas da ONG, cujo responsável legal é Adair Meira. O empresário é quem teria providenciado o transporte no tour realizado pelo ministro em 2009.

O ministro preferiu se ater à divulgação do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Quanto à crise no ministério “eu já falei o que eu tinha para falar ontem . Hoje só Caged. Como foi publicado na imprensa que o ministro teria participado de um jantar, em Goiânia na companhia de Adair Meira, Lupi foi mais uma vez evazivo: “Meu amor, eu não vou falar. Eu tenho que trabalhar.”

A sobrevida de Lupi como titular da pasta está condicionada mais uma vez ao que poderá ser publicado na mídia deste final de semana. Uma das revistas de circulação nacional buscava novas denúncias no ar, ao longo da semana, e poderá revitalizar o ataque com novas evidências relativas à “falta de memória” de Lupi.