Privatização de aeroportos é adiada e profecia de executivo da FIFA se confirma em todo o País

Prova incontestável – Quando o secretário-geral da FIFA, Jérôme Valcke, externou sua preocupação com o caos que impera nos aeroportos brasileiros, o então presidente Luiz Inácio da Silva chamou o executivo da entidade, de forma inominada e transversa, de “idiota”. A FIFA está longe de ser uma reunião de monges, mas não se pode desdenhar das declarações de Valcke. Até porque, a situação dos aeroportos do País fazem verdadeiras suas palavras.

À época, Lula anunciou a liberação de verbas federais para a reforma e ampliação dos principais aeroportos, mas a inoperância do Estado obrigou o Palácio do Planalto a optar pela privatização parcial de alguns deles. É o caso dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos (Campinas) e Brasília. Adiado uma vez, o processo de privatização estava marcado para dezembro próximo. Sem que nada tenha avançado, a privatização dos três aeroportos foi empurrada para o primeiro trimestre de 2012. O que pode comprometer o prazo de entrega das obras para a Copa do Mundo de 2014, momento em que o Brasil receberá um volume maior de turistas.

Se para Lula a preocupação de Jérôme Valcke era desnecessária, o último final de semana serviu como prova dos nove. Por conta do Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1, que aconteceu no autódromo de Interlagos, na Zona Sul de São Paulo, muitos foram os apaixonados por automobilismo que rumaram na direção da capital paulista. No último sábado (26), o aeroporto Juscelino Kubitscheck, em Brasília, registrou confusões variadas. De overbooking praticado por agências de viagens a pane no sistema de computação das companhias aéreas.

Isso mostra que se nada for feito imediatamente para solucionar o problema, os passageiros enfrentarão dificuldades durante o período de festas natalinas e férias. Como disse certa feita um conhecido filósofo de botequim, “nunca antes na história deste país”. Sempre lembrando que a profecia de Jérôme Valcke foi consumada.