Eu não prometo – O número de divórcios bateu novo recorde no País em 2010. Com base na pesquisa Estatísticas do Registro Civil, cujos resultados foram divulgados nesta quarta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é possível perceber que os casais que decidem decretar o fim do casamento estão cada vez mais optando pelo divórcio direto, deixando de lado o processo judicial de separação.
Os divórcios já vinham crescendo, superando as separações desde a década de 90. No ano passado, uma mudança na legislação deu novo impulso à tendência verificada anteriormente: os cartórios de registro passaram a formalizar processos de divórcio, o que antes era feito somente por via judicial.
Em 2010, para cada grupo de mil habitantes com mais de 20 anos, foi registrado 1,8 divórcio. No caso das separações, o índice foi de 0,5 por mil habitantes, o menor da série histórica iniciada em 1984.
Por outro lado, o índice casamentos em 2010 foi de 6,6 por grupo de mil habitantes com 15 anos ou mais, praticamente o mesmo verificado desde 2006, mas muito menor do que as taxas registradas nas décadas de 70 e 80, quando oscilavam entre 11 e 13 matrimônios.
É importante destacar que na pesquisa do IBGE são considerados apenas os casamentos formalizados nos cartórios de registro civil. As uniões consensuais, em que os cônjuges vivem juntos sem o respectivo registro legal, não são consideradas no levantamento de dados, que é feito apenas em cartórios.
A pesquisa do IBGE registra um dado interessante e que retrata a realidade da sociedade atual. Cresceu o compartilhamento da guarda dos filhos – quando pais e mães dividem a guarda igualmente, que saltou de 2,7% em 2000 para 5,5% em 2010.