Editora Senac SP lança “Ponto Chic: um bar na história de São Paulo”

Marca registrada – Desde sua inauguração, em 1922, ano da Semana de Arte Moderna, o Ponto Chic tornou-se lugar de encontro de estudantes, artistas, políticos e jornalistas à procura de um bom chope e do delicioso sanduíche bauru.

Situado no Largo do Paissandu, o Ponto Chic foi fundado por Odílio Cecchini, que integrava a diretoria da Sociedade Esportiva Palestra Itália, que em 194 passou a se chamar Sociedade Esportiva Palmeiras.

Como o bar fincado no centro paulistano era muito chique para os padrões da época, o que deu origem ao nome. Instalado em um prédio de três andares, com mesas e balcão em mármore italiano, além de azulejos e cristais importados, o Ponto Chic era frequentado por homens elegantes e endinheirados, que no bar discutiam assuntos relacionados política, arte, economia, esportes. Durante muitos anos o Ponto Chic foi ponto de encontro de torcedores palmeirenses.

Foi no Ponto Chic que Casimiro Pinto Neto criou, em 1924, o sanduíche bauru, em homenagem à sua cidade natal, Bauru, no interior de São Paulo. Em 1977, por conta de uma ação judicial de despejo (o prédio era alugado) o restaurante fechou, tendo seu fundador, Cecchini, morrido pouco depois. O braço direito de do fundador do Ponto Chic, Antônio Alves de Souza, adquiriu os direitos do nome do bar e o reabriu no bairro de Perdizes, em 1978.

Em 1980, o estabelecimento voltou a existir no Largo do Paissandu, bem como nova filial, agora no bairro do Paraíso, próximo à Avenida Paulista. O Ponto Chic conta hoje com três lojas, todas ainda administradas por Alves de Souza. Ali se preparam também outros dois sanduíches conhecidos por quem mora ou frequenta a maior cidade brasileira: o “Rococó” (rosbife,

Partindo do clima agitado do bar, o jornalista Angelo Iacocca resgata a boemia paulistana, costumes, valores culturais e aspectos inusitados ou pouco conhecidos da cidade de São Paulo. Neste livro, que tem o selo da Editora Senac São Paulo, o leitor conhecerá as várias mudanças ocorridas na cidade ao longo do século XX, período em que a então pacata e provinciana “capital dos fazendeiros” se tornou o mais importante polo industrial da América Latina.