Quebra-quebra no sambódromo paulistano é amostra do que poderá ocorrer durante a Copa de 2014

(Ilustração: Mário Alberto)
Olhos abertos – O espetáculo de violência e vandalismo que suspendeu a apuração do Carnaval paulistano é resultado da sensação de impunidade que domina a nação e ganhou força com a chegada de Luiz Inácio da Silva ao poder central. Nos oito anos em que esteve no Palácio do Planalto, Lula se especializou em patrocinar escândalos de corrupção e abafar outros que envolveram assessores e companheiros. Com esse péssimo exemplo, a sociedade brasileira, acostumada a não levar a sério o conjunto legal do País, passou a desdenhar ainda mais da força da lei.

O que ocorreu no sambódromo do Anhembi, na Zona Norte da capital paulista, se deve ao inconformismo de alguns baderneiros com as notas dadas às respectivas escolas de samba. Que não venha a turma do “deixa disso” afirmar que os vândalos não têm qualquer ligação com as agremiações, pois os mesmos estavam em área reservada aos diretores das escolas.

Considerando que as cenas que ganharam o noticiário de todo o planeta foram previamente orquestradas, é preciso que as autoridades envolvidas com a Copa do Mundo de 2014 redobrem a atenção com as questões de segurança, pois uma desclassificação do Brasil no principal certamente do futebol mundial pode desencadear uma onda de violência inusitada.

Diferentemente do que pensam muitos dos brasileiros envolvidos com o evento máximo do futebol, a questão de segurança nos estádios deveria ser considerada desde a fase de construção e reforma das arenas que sediarão os jogos da competição, pois atos terroristas são planejados com muita antecedência.

Quando a FIFA anunciou que o Brasil sediaria a Copa de 2014, o ucho.info afirmou que o País não tinha, como ainda não tem, condições para abrigar um evento de tamanha magnitude. Não pela falta de infraestrutura nas cidades-sede, o que é escandalosamente evidente, mas pela conjuntura que emoldura uma nação infectada pelo vírus da impunidade.