Caso ISL: Ricardo Teixeira foi “laranja” do ex-sogro João Havelange no esquema de propinas

Jogo sujo – Ricardo Teixeira deixou definitivamente o comando da CBF alegando precisar de paz e tempo para tratar da saúde, mas menos de 48 horas depois de sua renúncia o calvário parece não ter fim. A mais nova denúncia aponta que no caso do esquema de propinas da ISL, Teixeira, de acordo com a rede britânica BBC, funcionou como uma espécie de “laranja” de João Havelange, então presidente da FIFA.

Pelo menos é essa a versão que Ricardo Teixeira usaria como defesa caso o caso viesse à tona. Por ocasião do tal “propinoduto”, Teixeira não era integrante da FIFA e o esquema de pagamentos foi criado para garantir a Havelange um salário extra.

Enquanto a tese de Ricardo Teixeira funciona como uma espécie de antídoto duvidoso para eventuais desdobramentos do escândalo, crescem as suspeitas que os pagamentos em dólares serviram para subornar a cúpula diretiva do futebol brasileiro, como forma de garantir contratos milionários para empresas. O esqueme, segundo as investigações, funcionava como um banco paralelo da FIFA.

O caso ISL transformou-se nos últimos anos na maior ameaça contra Teixeira, inclusive dentro da própria FIFA. O presidente da entidade, Joseph Blatter, durante anos pagou para manter o escândalo sob sigilo, mas em dado momento passou a usá-lo para pressionar Teixeira. A briga entre Blatter e o ex-presidente da CBF ganhou proporções extras quando o brasileiro apoiou a candidatura de Mohammed Bin Hamman, do Catar, à presidência da FIFA em 2011.