Aos quarenta anos, Playcenter será transformado em parque infantil e pode até perder o nome

Cara nova – No dia 29 de julho, o Playcenter, um dos mais famosos parques de diversões do País, fechará suas portas para uma ampla reformulação. Depois de 40 anos em atividade, o parque paulistano mudará o foco, informa reportagem do jornal “Folha de S. Paulo” nesta segunda-feira (19).

No espaço onde atualmente podem circular até 7 mil pessoas por dia será criado um parque para crianças, sem os brinquedos radicais cujo público-alvo são os adolescentes. Com as mudanças, a capacidade diária cairá para 4,5 mil pessoas.

O proprietário do parque, localizado na Marginal do Tietê, anunciou investimentos da ordem de R$ 40 milhões para a reestruturação, que pode demorar até um ano para ser concluída. Em julho de 2013, quando deve ocorrer a reabertura, haverá somente atrações infantis, como trem-fantasma, cinema 4D e carrosséis – tudo voltado à criança que deverá estar acompanhada dos pais. Também será criada uma grande área verde para recreação. A ideia, de acordo com a reportagem, é seguir os moldes adotados por parques de outros países, como Legoland e Nickelodeon Universe.

Com as mudanças, poucos dos brinquedos atuais permanecerão. Os radicais, como montanhas-russas, podem ser vendidos. Em discussão também está a possibilidade de o Playcenter receber um novo nome. Se isso acontecer, a história da maior cidade brasileira perderá mais um de seus capítulos, pois o Playcenter foi durante longos anos um dos destinos preferidos dos jovens paulistanos que buscavam diversão.

Não será a primeira vez que a cidade perderá parte da história. Nos anos 60, uma área de entretenimento localizada na Baixada do Glicério, região central de São Paulo, também sumiu do mapa. O saudoso Parque Shangai era ponto de encontro de centenas de crianças e jovens nos finais de semana lotavam o local em companhia de familiares. O tal parque desapareceu para dar lugar a viadutos e outras construções.