Seguindo o script – Meses após a FIFA anunciar, em outubro de 2007, que o Brasil sediaria a Copa do Mundo de 2014, Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, disse que País seria protagonista de um dos maiores vexames da história. Isso porque o governo federal estava encarando com irresponsabilidade as tarefas vinculadas ao campeonato de futebol mais importante do planeta.
Para que Pelé mudasse o discurso bastou um convite do Palácio do Planalto para que o ex-camisa 10 da seleção brasileira assumisse o cargo de embaixador do Brasil para a Copa. A partir de então, o Atleta do Século passou a vociferar palavras otimistas e de esperança, sem que as ações governamentais tenham mudado para melhor.
Quando assumiu o compromisso de sediar a Copa, o governo brasileiro sabia que a competição seria precedida pela Copa das Confederações, marcada para 2013. Para que isso aconteça é preciso que pelo menos alguns estádios estejam prontos até lá.
Com a velocidade do cronograma das obras para a Copa, apenas três arenas estarão prontas até junho de 2013, quando acontecerá a Copa das Confederações: Fortaleza, Belo Horizonte e Brasília.
O Estádio Mário Filho, mundialmente conhecido como Maracanã, no Rio de Janeiro, que foi anunciado como palco da final do torneio das confederações de futebol, só estará pronto no segundo semestre de 2013, meses depois do final do certame. Esse vergonhoso atraso não foi passível de correção nem mesmo com a majoração escandalosa do custo inicial da obra.
Resumindo, Pelé mudou o discurso por conveniência, mas a realidade dos fatos continua a mesma, quiçá não tenha mudado para pior.
