PM auxiliará na fiscalização de faixa de pedestres de SP, enquanto arrastões crescem na capital

Fio desencapado – Quando o assunto é segurança pública, a cidade de São Paulo é o palco dos absurdos. A prefeitura da capital paulista anunciou na segunda-feira (2) que policiais militares auxiliarão a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) na fiscalização de veículos nas quatorze ruas e avenidas da cidade que mais registraram atropelamentos em 2011, incrementando dessa forma a Campanha de Proteção ao Pedestre, que completa um ano no próximo mês de maio. De acordo com balanço parcial do programa, o número de mortes por atropelamento registrou redução de 7,9%.

O diretor de Planejamento e Educação de Trânsito da CET, Irineu Gnecco Filho, informou que os policiais militares atuarão na fiscalização da situação legal dos veículos. “Muitas vezes, são carros sem documentação e condutores sem habilitação”, afirma. Sem documentação em dia, a eficácia da multa é reduzida – não adianta multar quem jamais vai pagar a infração. Ou seja, há também, por parte da prefeitura da maior cidade brasileira o desejo sempre contumaz de faturar com as multas.

No contraponto, enquanto a Polícia Militar se prepara para parceria com a prefeitura paulistana, bandidos continua aterrorizando com seus arrastões. Na manhã desta terça-feira (3), um grupo de vinte assaltantes invadiu um edifício no bairro do Paraíso, na Zona Sul, roubando os apartamentos e trancando mais de duas dezenas de moradores e empregados do condomínio, todos amarrados e amordaçados. A operação durou quase quatro horas e idosos e crianças foram agredidos.

Se Gilberto Kassab quer encher os cofres da prefeitura com a aplicação de multas, sem antes adotar medidas didáticas de longo prazo, o governador Geraldo Alckmin tem a obrigação constitucional de garantir segurança aos cidadãos do mais importante estado brasileiro. Aceitar o desmedido pedido do alcaide paulistano é assinar recibo de incompetência.