Nada como o tempo – O ano de 2008 caminhava para o seu final quando Luiz Inácio da Silva, então presidente da República, ocupou os meios de comunicação para pedir aos brasileiros a manutenção do consumo em níveis elevados como forma de minimizar os efeitos da crise financeira internacional que teve o “subprime” norte-americano como ponto de partida. A onda de consumismo foi turbinada pela redução da carga tributária incidente em algumas linhas de produtos e pela concessão do crédito fácil.
À época, o ucho.info alertou para o perigo do apelo presidencial, destacando a disparada do endividamento das famílias brasileiras como o pior dos problemas. Lula, por sua vez, rebateu alegando que os jornalistas deste noticioso torciam contra o Brasil, quando na verdade cumprimos o dever de informar os leitores sobre a realidade dos fatos. Enquanto alguns poucos veículos de comunicação condenavam a estratégia de Lula da Silva, a extensa maioria dos órgãos midiáticos tecia loas ao ex-metalúrgico.
Desde aquele momento de irresponsabilidade do ex-presidente até hoje mantivemos as nossas convicções, as quais foram confirmadas nesta segunda-feira (9) de forma transversa por um comunicado da Caixa Econômica Federal. De acordo com o documento enviado à imprensa, a Caixa informa o lançamento de um “plano de reorganização financeira para pessoas físicas que desejam reduzir suas dívidas ou ainda obter novos recursos”.
Segundo o presidente da Caixa, Jorge Hereda, “essa é uma ótima oportunidade para as famílias reorganizarem suas finanças por intermédio do acesso a linhas de crédito com melhores taxas e maiores prazos, sendo possível quitar suas dívidas mais caras e a depender do caso, ainda obter novos recursos para usar como quiser”.
Um plano de reorganização, independentemente do setor, só é viável quando existe desorganização. E no âmbito financeiro das famílias verde-louras isso só ocorreu porque o Palácio do Planalto apostou todas as fichas em uma onda descontrolada de consumismo.
A aposta oficial, que não mediu consequências, permitiu ao populista Lula se vangloriar de ter arremessado 40 milhões de novos consumidores na chamada classe média. Tão logo o Planalto anunciou a chegada desses incautos brasileiros a uma nova classe sócio-econômica, o ucho.info passou a afirmar que esse movimento migratório aconteceu às custas da enxurrada de crédito e do endividamento dos cidadãos, quando, na verdade, deveria ser reflexo da geração de riqueza, o que não ocorreu.
Diz a lenda que de nada adianta chorar sobre o leite derramado. Sendo assim, o brasileiro deve tomar duas decisões. A primeira delas é não confiar nas palavras de políticos ufanistas. A segunda é aproveitar a oferta da Caixa e liquidar as dívidas que carregam taxas de juro mais elevadas.
No caso de empréstimos com garantia de imóveis (rural ou urbano), o banco estatal oferece o Crédito Aporte Caixa, linha de crédito pessoal com prazo de até 240 meses para pagar e taxa de juro de TR + 1,35% a 1,55% ao mês.
Para os clientes que desejam oferecer em garantia o seu automóvel, a instituição disponibiliza o Crédito Aporte Auto, com prazo de parcelamento em até 48 meses, para veículos de até 5 anos de uso, e taxas de 2,11% ou de 1,84% ao mês para clientes com conta salário.
No crédito consignado, as prestações são debitadas diretamente no salário do cliente e o prazo para pagamento pode chegar a até 120 meses, dependendo do convênio firmado com a empresa ou órgão empregador, com taxas variando de 1,2% a 1,95% ao mês, também dependendo do convênio.